Monitoramento da qualidade e avaliação da contaminação por mercúrio na água e sedimentos do rio Botafogo, PE, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.95)
Palavras-chave:
Rio Botafogo, Mercúrio, Contaminação, Metais Pesados, Canal de Santa Cruz
Resumo
Desde meados da década de 80, a população ribeirinha do Rio Botafogo, no Canal de Santa Cruz, Itamaracá, tem passado por situações críticas em relação ao meio Ambiente, pelo crescimento desordenado e mal planejado, ocupação do solo indevida, e como conseqüência o resultado é uma que perda na qualidade ambiental. A partir de 1963 foi instalada no rio Botafogo, uma indústria de produção de cloro e soda utilizando no processo células eletrolíticas de mercúrio. Até meados de 1987, estima que uma descarga de mercúrio inorgânico entre 22 e 35 tonelada de mercúrio neste rio. Além desta indústria, outras, de diferentes tipologias foram se instalando ao longo dos últimos anos às margens deste rio. Baseando-se em estudos anteriores, buscou-se realizar uma nova avaliação dos locais contaminados, comparando as variações ao longo dos anos, referentes à qualidade da água e do sedimento no rio Botafogo, além de analisar a localização dos pontos de coleta, assim como da necessidade de aumento da rede de monitoramento da agência ambiental neste corpo hídrico. Os parâmetros definidos para análise da água foram: pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), amônia, concentração de fósforo, cor, turbidez, coliformes fecais e o teor de mercúrio. Foi monitorada a concentração de mercúrio nos sedimentos. Os valores de pH, turbidez, OD, DBO e amônia, na maior parte dos resultados, apresentaram valores dentro dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA nº 357. Na determinação da cor, os valores apresentados mantiveram-se elevados constantemente; provavelmente, causado pela contínua retirada de areia nos trechos à montante dos pontos de coleta. O teor de fósforo apresentou-se elevado, até o início de 2005, e manteve-se dentro dos padrões exigidos pela legislação acima referida até o período final da pesquisa. Nesse trecho delimitado para estudo, está instalada, desde 1963, uma indústria de produção de cloro e soda, que utiliza em seu processo fabril, células eletrolíticas de mercúrio. Neste levantamento, foi comprovada a incidência de mercúrio na área delimitada para estudo.
Publicado
29/08/2009
Edição
Seção
Artigos
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