Monitoramento da qualidade e avaliação da contaminação por mercúrio na água e sedimentos do rio Botafogo, PE, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.95)

  • Andréa da Cruz Gouveia de Lima CPRH
  • Maurício Alves da Motta Sobrinho Universidade Federal de Pernambuco
  • Valdinete Lins da Silva UFPE
  • Maria do Carmo Lourenço da Silva DEQ - UFPE
  • Joelma Moraes Ferreira DEQ - UFPE
Palabras clave: Rio Botafogo, Mercúrio, Contaminação, Metais Pesados, Canal de Santa Cruz

Resumen

Desde meados da década de 80, a população ribeirinha do Rio Botafogo, no Canal de Santa Cruz, Itamaracá (PE), tem passado por situações críticas em relação ao meio ambiente, pelo crescimento desordenado e mal planejado, ocupação do solo indevida, e como conseqüência, o resultado é uma perda na qualidade ambiental. A partir de 1963 foi instalada no rio Botafogo, uma indústria de produção de cloro e soda utilizando no processo células eletrolíticas de mercúrio. Até meados de 1987, estima-se que houve uma descarga de mercúrio inorgânico entre 22 e 35 toneladas. Além desta indústria, outras, de diferentes tipologias foram se instalando ao longo dos últimos anos às margens deste rio. Baseando-se em estudos anteriores, buscou-se realizar uma nova avaliação dos locais contaminados, comparando as variações ao longo dos anos, referentes à qualidade da água e do sedimento no rio Botafogo, além de analisar a localização dos pontos de coleta, assim como da necessidade de aumento da rede de monitoramento da agência ambiental nesse corpo hídrico. Os parâmetros definidos para análise da água foram: pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), amônia, concentração de fósforo, cor, turbidez, coliformes fecais e o teor de mercúrio. Foi monitorada a concentração de mercúrio nos sedimentos. Os valores de pH, turbidez, OD, DBO e amônia, na maior parte dos resultados, apresentaram valores dentro dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA nº 357. Na determinação da cor, os valores apresentados mantiveram-se elevados constantemente; provavelmente, causado pela contínua retirada de areia nos trechos à montante dos pontos de coleta. O teor de fósforo apresentou-se elevado, até o início de 2005, e manteve-se dentro dos padrões exigidos pela legislação acima referida até o período final da pesquisa. No trecho delimitado para estudo, está instalada, desde 1963, uma indústria de produção de cloro e soda, que utiliza em seu processo fabril, células eletrolíticas de mercúrio. Neste levantamento, foi comprovada a incidência de mercúrio na área delimitada para estudo.

Biografía del autor/a

Maurício Alves da Motta Sobrinho, Universidade Federal de Pernambuco
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Católica de Pernambuco (1992), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande (1995) e doutorado em Engenharia de Processos pelo Institut National Polytechnique de Lorraine (2001). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco. Revisor das revistas Water Research, Journal of Chemometrics e Brazilian Journal of Chemical Engineering. Consultor da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas. Tem experiência na área de Engenharia Química e Engenharia Ambiental, com ênfase em Tratamento de Água, de Efluentes e de Resíduos Sólidos assim como em Gestão Ambiental. Atua principalmente nos seguintes temas: tratamento de efluentes, água e solos, analise de imagem, adsorção, análise de imagem e gestão.
Publicado
29/08/2009
Sección
Articulos