Uso de nanopartículas de prata impregnadas em poliamida-66 para desinfecção de água para consumo

  • Luciano André Deitos Koslowski Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Ibirama, SC, Brasil Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (CEAVI). Departamento de Engenharia Sanitária.
  • André Lourenço Nogueira Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, SC, Brasil Programa de Pós-Graduação em Engenharia Processos.
  • Silvana Licodiedoff Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Ibirama, SC, Brasil Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (CEAVI). Departamento de Engenharia Sanitária.
  • Adrieny Taliny Comper Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Ibirama, SC, Brasil Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (CEAVI).
  • Marilena Valadares Folgueras Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Joinville, SC, Brasil Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Departamento de Engenharia Mecânica.
Palavras-chave: desinfecção da água, E. coli., nanopartículas de prata, poliamida-66.

Resumo

A importância da preservação dos recursos hídricos tem resultado na aplicação de tecnologias, tais como o uso de materiais nanoestruturados, para minimizar o impacto associado à contaminação da água. Neste trabalho, foi avaliada a aplicação de pellets de poliamida-66 (PA) funcionalizados com nanopartículas de prata (AgNPs), em percentuais de 0.05; 0.10 e 0.50% em relação à massa de polímero, na desinfecção de água para consumo. O presente estudo teve como principal objetivo sintetizar as nanopartículas de prata, e avaliar a atividade antibacteriana destas nanoestruturas em relação à bactéria Gram negativa Escherichia coli quando incorporadas numa matriz de PA. A síntese das nanopartículas de prata foi realizada empregando o nitrato de prata como sal do metal precursor e o borohidreto de sódio como agente redutor. A dispersão coloidal foi caracterizada por espectrofotometria na região UV-Vis e microscopia eletrônica de transmissão. Posteriormente, foi realizada a quantificação de íons prata lixiviada da matriz polimérica para a água no período de 3 horas, de forma a avaliar comparativamente ao limite estabelecido pela Resolução do Conama 357/2005, que impõe um limite de concentração da prata de 0.010 mg L-1. O melhor resultado consistiu na aplicação de 0.05% de AgNPs na matriz polimérica, lixiviando uma quantidade equivalente a uma concentração média de íons prata de 0.008 mg L-1. A última etapa foi a utilização da matriz polimérica funcionalizada com as AgNPs em ensaios microbiológicos para mensurar a atividade antibacteriana do produto obtido contra o microrganismo E. coli.  Os resultados ilustram que após 24 h de incubação, sob agitação e temperatura de 25°C, as amostras com 0.05% de AgNPs apresentaram uma redução antibacteriana de 97,89%.


Publicado
09/11/2018
Seção
Artigos