Variabilidade da cobertura de nuvens na cidade de São Paulo

  • Luciana Machado Moura Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, MG, Brasil Instituto de Recursos Naturais
  • Fernando Ramos Martins Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Santos, SP, Brasil Ciências do Mar
  • Arcilan Trevenzoli Assireu Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, MG, Brasil Instituto de Recursos Naturais
Palavras-chave: cobertura de nuvens, dados observacionais, GOES-10.

Resumo

A nebulosidade é responsável pela modulação da radiação solar incidente sobre o planeta, sendo determinante para o clima e um fator de influência para diversos setores das atividades econômicas como agricultura, energia, turismo entre outras. Informações confiáveis sobre a cobertura de nuvens é fundamental para o estudo do fluxo da radiação solar que incide na superfície terrestre. Esse estudo compara estimativas satelitárias com dados de cobertura de nuvens medidos na cidade de São Paulo, para o período de 1961 a 2013. Foram utilizados dados de fração de cobertura de nuvens obtidos da estação meteorológica operada pelo IAG/USP e dados de radiância visível oriundos do satélite GOES-10 para estimar de forma indireta a cobertura de nuvens. Para assegurar a consistência desses dados de nebulosidade estimados e observados foi realizada uma comparação com o Índice de claridade, que é a razão entre a irradiação solar global observada na estação meteorológica e a irradiação solar no topo da atmosfera. Os resultados indicam uma boa convergência entre as bases de dados observados e estimadas por satélite que apresentaram comportamentos similares em todos os períodos sazonais do ano. Os maiores valores de nebulosidade ocorrem no verão e os menores no inverno. A base de dados observados na estação apresentou 6,56% de dados falhos, o que é uma porcentagem pequena para uma série histórica de dados com aproximadamente 53 anos de extensão.


Biografia do Autor

Luciana Machado Moura, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, MG, Brasil Instituto de Recursos Naturais
Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Ciências Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: eficiência energética, construção civil e sustentabilidade.
Fernando Ramos Martins, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Santos, SP, Brasil Ciências do Mar
Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (1986), Mestre em Tecnologia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (1992) e doutorado em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2001). Docente Adjunto da Universidade Federal de São Paulo Campus Baixada Santista. Assumiu a Coordenação do curso de Graduação de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar em 2014. Colaborador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais com atividades desenvolvidas no grupo de Energias Renováveis e Bioenergia. Tem experiência profissional em pesquisa nas áreas de Modelagem Atmosférica e em levantamento de Recursos Energéticos Renováveis, Solar e Eólica. É pesquisador CNPq nível 2 e está envolvido nas atividades desenvolvidas no âmbito do INCT - Mudanças Climáticas. Nos últimos anos vem participando em projetos de pesquisa desenvolvidos pelo INPE em colaboração com instituições de pesquisa nacionais e internacionais como UNIFEI, UFAL, Universidade de Oldenburgo e UNEP. Dentre os projetos desenvolvidos recentemente ou em andamento destacam-se o Projeto SWERA (http:/swera.unep.net/swera/) financiado pelo UNEP (United Nation Environmental Program), o Projeto SONDA (www.cptec.inpe.br/sonda) financiado pela PETROBRAS e FINEP e o projeto Potencial Eólico em Reservatórios de Hidroelétricas financiado pela FAPEMIG. Coordena projeto financiado pelo CNPq com objetivo.de avaliar o impacto de mudanças do clima na disponibilidade de recursos de energia renovável. As atividades de pesquisa apresentam foco em: energia renováveis, sensoriamento remoto, sistemas de informação geográfica e aplicações de radiação eletromagnética na tecnologia em radiologia. Atualmente é revisor de períodicos nacionais e internacionais como Solar Energy, Energy Policy, Revista Brasileira de Meteorologia entre outras. Possui larga experiência em ensino superior. Vem atuando na co-orientação de estudantes de Mestrado e Doutorado do curso de Meteorologia do INPE.
Arcilan Trevenzoli Assireu, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, MG, Brasil Instituto de Recursos Naturais
possui graduação em Fisica pela Universidade Federal de Viçosa (1995), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1998) e doutorado em Oceanografia Física pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Itajubá/MG e professor colaborador no programa de mestrado em Ecologia Aquática da Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Oceanografia Física, com ênfase em movimento da água do mar, atuando principalmente nos seguintes temas: derivadores rastreados por satélite, circulação oceânica, instrumentação meteo-oceanográfica, interação oceano-atmosfera, processos hidrodinâmicos em reservatórios hidrelétricos e aproveitamento eólico em sistemas aquáticos.
Publicado
25/10/2016
Seção
Artigos