Avaliação histopatológica de órgãos camundongos C57Bl/6J expostos a efluentes de curtume

  • Joyce Moreira de Souza Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutai
  • Abraão Tiago Batista Guimarães Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Wellington Alves Mizael da Silva Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Bruna de Oliveira Mendes Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Dieferson da Costa Estrela Universidade Federal de Goiás
  • Aline Sueli de Lima Rodrigues Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Adriana da Silva Santos Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Guilherme Malafaia Departamento de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí
Palavras-chave: resíduos agroindustriais, modelo animal, histopatologia, camundongos.

Resumo

Os efluentes produzidos nas indústrias curtumeiras podem causar danos ambientais e problemas de saúde pública quando descartados de forma inadequada. Porém, poucos estudos avaliaram os efeitos da ingestão de efluentes de curtumes em modelos experimentais mamíferos. O objetivo deste estudo foi realizar uma avaliação histológica de órgãos de camundongos C57BL/6J expostos à ingestão de diferentes concentrações de efluentes de curtumes, partindo da hipótese de que estes efluentes poderiam causar danos à estrutura histológica dos órgãos escolhidos para o estudo. Os animais foram divididos nos seguintes grupos: controle (0% de efluente) e expostos às porcentagens 0,1%, 1% e 5% de efluente bruto diluído em água, por um período de 120 dias. Para as avaliações histopatológicas, foram coletadas amostras de fígado, rim, baço, coração e pulmões, fixados e corados pela técnica de coloração com hematoxilina e eosina. Não foram observadas anomalias nos fragmentos de rim, baço, coração e pulmões. Foram observadas alterações apenas em fragmentos de fígado. Degeneração hidrópica moderada foi detectada em animais expostos à efluentes de curtumes, principalmente no espaço periportal. Foi detectado um grande número de hepatócitos necróticos (p<0,05), em especial em animais expostos às concentrações mais elevadas de efluentes de curtume. Observou-se o maior número de hepatócitos com cariomegalia (p<0,05) em animais expostos às concentrações mais elevadas de efluentes. Nossos estudo evidência que as alterações observadas estão relacionadas com a ingestão de efluentes que podem levar ao aumento da produção de radicais livres e agressões diretas para membranas de hepatócitos, bem como o aparecimento de cariomegalia hepatocelular.

Biografia do Autor

Joyce Moreira de Souza, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutai
Possui graduação em TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL pelo Instituto Federal Goiano Câmpus Urutaí (2010). Graduanda em LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS pelo Instituto Federal Goiano Câmpus Urutaí, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, na linha de pesquisa Toxicidade induzida pela exposição crônica a efluentes de curtume: estudo com modelos animais. Colaboradora do projeto Montagem de peças anatômicas do tamanduá (Família Myrmercophagidae) para a composição do acervo de um museu da fauna do Cerrado.
Abraão Tiago Batista Guimarães, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Atualmente é graduando do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí e bolsista do PIBIC/CNPQ.
Wellington Alves Mizael da Silva, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
ossui curso Técnico em Informática cursado no Centro Federal de Educação Tecnológica de Urutaí, atualmente Graduando do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí, bolsista (PIBIC/CNPQ) e Pesquisador do Laboratório de Pesquisas Biológicas do IF Goiano - Câmpus Urutaí.
Bruna de Oliveira Mendes, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui curso Técnico em Informática cursado no Centro Federal de Educação Tecnológica de Urutaí, atualmente Graduando do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí, bolsista (PIBIC/CNPQ) e Pesquisador do Laboratório de Pesquisas Biológicas do IF Goiano - Câmpus Urutaí.
Dieferson da Costa Estrela, Universidade Federal de Goiás
Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Goiás. Atua nas áreas de História Natural, Manejo e Conservação da Biodiversidade, com ênfase em mastozoologia, e Nutrição Experimental envolvendo roedores de laboratório. É pesquisador do "Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais e Biológicas", "Núcleo de Pesquisa Biodiversidade do Cerrado" e atua em levantamentos e monitoramentos de fauna de mamíferos silvestres.
Aline Sueli de Lima Rodrigues, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP (2005), Mestrado (2008) e Doutorado em Ciências Naturais (2012) pelo Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Conservação de Recursos Naturais, Departamento de Geologia (UFOP), e Pós-Doutorado (em andamento) pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é professora do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. É membro do Colegiado e do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. Além disso, é bolsista produtividade em pesquisa do IF Goiano - Câmpus Urutaí. Desenvolve pesquisa nas seguintes áreas: reuso de água, reaproveitamento de resíduos sólidos para fins agrícolas, vermicompostagem de resíduos agroindustriais.
Adriana da Silva Santos, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Goiás (2006), Residência em Patologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007), Mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010) e Doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal de Goiás (2014). Desde 2013 atua como Docente do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí, ministrando disciplinas no curso Técnico em Agropecuária e nos cursos superiores de Licenciatura em Ciências Biológicas e Bacharelado em Medicina Veterinária. Atualmente, coordena o curso de Bacharelado em Medicina Veterinária, orienta alunos de iniciação científica, monitorias e estágios. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Histologia e Patologia Animal.
Guilherme Malafaia, Departamento de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí
Piólogo Licenciado pela Universidade Federal de Ouro Preto, Mestrando em Ciências Biológicas pelo programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto.
Publicado
20/01/2016
Seção
Artigos