Tratamento de lixiviados de aterros de resíduos sólidos utilizando Processos Fenton e Foto-Fenton Solar

  • Fábio Moraes da Costa Universidade Castelo Branco (UCB)
  • Juacyara Carbonelli Campos Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil.
  • Fabiana Valéria da Fonseca Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Daniele Maia Bila Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Palavras-chave: Aliivibrio fischeri, aterro sanitário, processos oxidativos avançados, toxicidade

Resumo

O lixiviado de aterros de resíduos sólidos urbanos é uma complexa mistura de substâncias orgânicas e inorgânicas, que em sua composição causam danos ao meio ambiente, devido à elevada concentração de matéria orgânica recalcitrante e à toxicidade presente. A proposta deste trabalho envolve a aplicação dos processos oxidativos avançados (POA), como tratamento de lixiviado oriundos de dois aterros sanitários, Gericinó (Rio de Janeiro/RJ) e Gramacho (Duque de Caxias/RJ), dois aterros com mais de 30 anos de operação, sendo que o último encontra-se encerrado há 2 anos. O objetivo da utilização dos POA é melhorar a qualidade do lixiviado para um tratamento biológico subsequente, para isso foi utilizado o ensaio com a bactéria Aliivibrio fischeri para avaliação da toxicidade. Para o Processo Fenton-escuro, realizado em escala de bancada, nos experimentos realizados a pH=3,0 e razão Fe+2:H2O2 igual a 1:5 foram obtidas remoções de 56% e 19% de DQO para os lixiviados oriundos de Gericinó e Gramacho, respectivamente. Para o Processo Foto Fenton Solar, realizado em uma planta piloto, nos testes a pH=3,0 e razão Fe+2:H2O2 igual a 1:5, foram alcançadas 88% e 78% de remoção de DQO. Essas condições permitiram uma diminuição da toxicidade dos lixiviados para valores de coeficiente de efeito igual a 50% (CE 50%) para Aliivibrio fischeri maior que 50%, indicando um lixiviado mais adequado para tratamento biológico posterior.

Biografia do Autor

Fábio Moraes da Costa, Universidade Castelo Branco (UCB)
ossui graduação, bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas (2000). Mestrado em Química Analítica pelo Instituto de Química, Centro de Tecnologia, CT, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ (2009) e o Doutorado em andamento, Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos, área de atuação em Engenharia Química pela Escola de Química, EQ, UFRJ (2010). Tem experiência na área de Bioquímica, Microbiologia Ambiental, Química Analítica, Química Instrumental e Ecotoxicologia, atuando com técnicas de ultracongelamento em bactérias marinhas, usando crioprotetores com ênfase em Vibrio fischeri. Sete anos de experiência como professor dos cursos de graduação em Biologia, Nutrição e Biomedicina. Nove anos de experiência na indústria química como Analista Ambiental Biólogo, quatro anos de experiência como professor do curso de Pós-graduação em Gestão Ambiental, nove anos de experiência como professor concursado da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e dois anos de experiência como professor concursado da Prefeitura do Rio de Janeiro. Atualmente participa dos seguintes temas: Meio Ambiente, bioacumulação de metais pesados e mercúrio em peixes, biodiversidade de ecossistemas marinhos e lixiviados de aterros sanitários.
Juacyara Carbonelli Campos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil.
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994), em Licenciatura em Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e doutorado em Engenharia Química pela Coordenação dos Programas de Pós Graduação em Engenharias (2000). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Rio de Janeiro e participa como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos (EQ/UFRJ) e no Programa de Engenharia Ambiental (Mestrado Profissional/UFRJ). Participa do Núcleo Integrado de Reúso de Águas e Efluentes Industriais (NIRAE/RJ). Tem experiência na área de Engenharia Química e Engenharia Ambiental, com ênfase em Controle da Poluição, atuando principalmente nos seguintes temas: lixiviados de aterros de resíduos, resíduos sólidos, tratamento de efluentes, wetlands, água de produção de petróleo, efluentes de refinaria, toxicidade, tratamento de águas e reúso de águas e efluentes. (Texto informado pelo autor)
Fabiana Valéria da Fonseca, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Engenheira Química pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000), mestrado (2003) e doutorado (2008) em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professor adjunto II da escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro e participa como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos (EQ/UFRJ) e do Programa de Engenharia Ambiental (Mestrado Profissional/UFRJ). Participa do Núcleo Integrado de Reúso de Águas e Efluentes Industriais (NIRAE/RJ) e é revisor dos seguintes periódicos: Environmental Technology, J. Harz. Materials, Chemical Engineering Journal e Water Science and Technology. Atua principalmente nos seguintes temas: Processos Oxidativos Avançados, tratamento e reúso de águas e efluentes industriais, remoção de micropoluentes em águas e tratamento lixiviados de aterros sanitários
Daniele Maia Bila, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
É graduada em engenharia química pela UFRRJ (1998), mestre em engenharia química pela COPPE/UFRJ (2000) e doutora em engenharia química pela COPPE/UFRJ (2005). Realizou Pos-Doutorado em engenharia química pela COPPE/UFRJ (2005-2006). Desde 2006 é professor adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio mbiente da UERJ (DESMA/UERJ). Desde 2010 é chefe do laboratório de engenharia sanitária (LES) da Faculdade de Engenharia da UERJ. Participa como docente do Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental da UERJ (PEAMB). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento e caracterização de lixiviados de resíduos sóldios urbanos, Processos oxidativos avançados e ozonização no tratamento de efluentes líquidos e problemática e tratamento de micropoluentes, tais como desreguladores endócrinos (EDC), estrogênios, fármacos e produtos pessoais. Ensaios Ecotoxicologicos. Bolsas de produtividade 2 do CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Coordenadora (2012-2014) do Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental da UERJ.
Publicado
08/12/2014
Seção
Artigos