Estudo da aplicação de tanino no tratamento de água para abastecimento captada no rio Tubarão, na cidade de Tubarão, SC

  • Everton Skoronski Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Bruno Niero Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Mylena Fernandes Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Maurício Vicente Alves Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
  • Viviane Trevisan Universidade do Estado de Santa Catarina
Palavras-chave: coagulação, coagulante vegetal, floculação, potabilidade

Resumo

Nas estações de tratamento de água para abastecimento, a adequação da qualidade da água é realizada por meio do processo de coagulação e floculação, seguido de sedimentação e filtração. Normalmente são utilizados coagulantes inorgânicos como sais de ferro e alumínio que geram lodos que precisam ser dispostos em aterros específicos. Desta forma, a utilização do tanino como coagulante possibilita um tratamento que gera lodo com maiores possibilidades de manejo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o uso de um tanino obtido a partir da acácia negra, no tratamento da água do rio Tubarão. Foram avaliados parâmetros como concentração de tanino, cor aparente, turbidez, alcalinidade, fenóis e volume de lodo gerado. As concentrações ótimas para coagulação da água captada no rio situaram-se entre 1,0 e 7,5 mg L-1, dependendo da qualidade da água coletada no rio. Nas condições ótimas de dosagem de coagulante, a alcalinidade apresentou redução máxima de 30% após o tratamento, a cor aparente situou-se entre 4,2 e 7,6 uC, a turbidez entre 0 e 2 uT e o volume de lodo gerado apresentou valores entre 5 e 20 mL L-1. A concentração de fenol na água tratada ficou abaixo de 0,003 mg L-1. Neste sentido, os valores obtidos atenderam à portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde em relação aos parâmetros analisados. Estes resultados motivam estudos mais aprofundados sobre a viabilidade de aplicação do tanino como coagulante, sobretudo em relação aos efeitos tóxicos de compostos que possam ser agregados à água após o tratamento.

Biografia do Autor

Everton Skoronski, Universidade do Estado de Santa Catarina
Engenheiro químico, mestre e doutor em engenharia química. Professor Adjunto da Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Departamento de Engenharia Ambiental
Bruno Niero, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Engenheiro Químico, atualmente aluno de Mestrado em Engenharia Química. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos.
Mylena Fernandes, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Engenheira Química e mestre em Engenharia Química, atualmente aluna de Doutorado em Engenharia Química. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos.
Maurício Vicente Alves, Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em Ciências dos Solos. Professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Xanxerê-SC, Departamento de Solos.
Viviane Trevisan, Universidade do Estado de Santa Catarina
Engenheira Química, mestre em biotecnologia e doutora em recursos hídricos e meio ambiente. Professor adjunto da Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Departamento de Engenharia Ambiental
Publicado
16/10/2014
Seção
Artigos