Avaliação da dinâmica temporal da evaporação no reservatório de Itumbiara, GO, utilizando dados obtidos por sensoriamento remoto (doi:10.4136/ambi-agua.1083)

  • Marcelo Pedroso Curtarelli Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
  • Enner Herenio Alcântara Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Carlos Alberto Sampaio de Araújo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • José Luiz Stech Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
  • João Antônio Lorenzzetti Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Palavras-chave: evaporação, reservatórios tropicais, sensoriamento remoto, MODIS

Resumo

Este trabalho teve como objetivo principal estudar a dinâmica temporal da evaporação no reservatório da usina hidrelétrica de Itumbiara, localizado na região central do Brasil. Para tanto, foram utilizados dados de temperatura da superfície da água derivados a partir de dados coletados pelo sensor MODIS (produto MOD11A1) e dados meteorológicos adquiridos sobre a superfície da água. A taxa de evaporação foi obtida a partir do fluxo de calor latente, estimada por meio de um modelo de transferência de massa. As estimativas foram realizadas para o período entre 1/1/2010 e 31/12/2010. Os resultados mostraram que a taxa de evaporação tende a aumentar de janeiro a setembro e depois diminui de setembro a dezembro. O pico de evaporação ocorre durante a estação seca, quando o acumulado durante o dia pode atingir valores próximos a 20 mm dia-1. A taxa de evaporação média obtida para a estação chuvosa foi 3,66 mm dia-1 e de 8,25 mm dia-1 para a estação seca. O volume total de água evaporada no reservatório de Itumbiara durante o ano de 2010 foi estimado em cerca de 1,7 bilhões de m³ (2.300 mm), o que representa 10% do volume total do reservatório. Os resultados obtidos sugerem que a advecção é o principal mecanismo de transporte que governa a evaporação no reservatório de Itumbiara. Os processos convectivos contribuem de maneira secundária para a evaporação no reservatório de Itumbiara.

Biografia do Autor

Marcelo Pedroso Curtarelli, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Engenheiro Sanitarista e Ambiental formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009), mestre em Sensoriamento Remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2012), aluno de doutorado em Sensoriamento Remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2012-2016). Atua na área de planejamento e gerenciamento de recursos hídricos com enfoque em modelagem hidrológica de bacias hidrográficas e modelagem hidrodinâmica e de qualidade da água em lagos e reservatórios tropicais.
Enner Herenio Alcântara, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Possui Graduação em Ciências Aquáticas (UFMA), Doutorado e Mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Atualmente é Professor Assistente no Departamento de Cartografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho', Campus de Presidente Prudente. Trabalha principalmente com sensoriamento remoto, geoprocessamento e modelagem ambiental.
Carlos Alberto Sampaio de Araújo, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
É bacharel em Oceanografia (2007) e mestre em Oceanografia Química e Geológica (2010) pela Universidade de São Paulo. Possui experiência em sedimentação marinha e na utilização de geotecnologias aplicadas a ambientes marinhos, costeiros e de águas interiores. Atualmente realiza, junto a Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE, atividades de pesquisa na área de limnologia aplicadas ao monitoramento de reservatórios.
José Luiz Stech, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Pesquisador Titular III na Divisão de Sensoriamento Remoto. Possui doutorado em Oceanografia Física (USP, 1990), Mestrado em Oceanografia Física (USP, 1976) e Graduação em Física (UNESP, 1972)
João Antônio Lorenzzetti, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Pesquisador Titular III na Divisão de Sensoriamento Remoto. Possui doutorado em Oceanografia Física (Universidade de Miami, 1985), Mestrado em Oceanografia Física (USP, 1976) e Graduação em Física (UNESP, 1972)
Publicado
26/04/2013
Seção
Artigos