Análise morfométrica das sub-bacias hidrográficas Perdizes e Fojo no município de Campos do Jordão, SP, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.945)

  • Agenor Micaeli dos Santos Departamento de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Marcelo dos Santos Targa Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
  • Getulio Teixeira Batista Universidade de Taubaté
  • Nelson Wellausen Dias Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Palavras-chave: drenagem, uso do solo, escoamento superficial, manejo de bacias

Resumo

A Política de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo estabeleceu em 1991 o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRHI) e ao definir os princípios básicos para a gestão da água, adotou a bacia hidrográfica como unidade territorial para estudos, planejamento integrado para o desenvolvimento sustentável. O presente trabalho objetivou caracterizar a morfometria das sub-bacias hidrográficas Fojo e Perdizes, no município de Campos do Jordão, SP. A análise morfométrica envolveu a caracterização de parâmetros geométricos, do relevo, da rede de drenagem, e a análise do uso e ocupação do solo das sub-bacias. Na caracterização morfométrica foi encontrada para sub-bacia Perdizes a área de 12,70 km², o perímetro de 19,85 km e o comprimento do eixo da bacia de 6,86 km, enquanto para a sub-bacia Fojo, a área de drenagem encontrada foi de 13,97 km², o perímetro de 19,74 km e o comprimento do eixo da bacia de 6,94 km. Esses resultados indicam semelhanças entre as duas sub-bacias. O coeficiente de compacidade (Kc) encontrado, 1,56 para a sub-bacia Perdizes e 1,41 para a sub-bacia Fojo, associados aos respectivos fatores de forma, F= 0,27 e F = 0,29 indicam que estas sub-bacias, em condições normais de precipitação, são pouco suscetíveis a enchentes. O resultado desses índices é reforçado pelo índice de circularidade encontrado, IC = 0,41 para Perdizes e IC = 0,45 para Fojo, pois o afastamento da unidade indica que as sub-bacias não tendem à forma circular, ou seja, possuem forma mais alongada e, portanto, possuem menor concentração de deflúvio. Os resultados obtidos para o Coeficiente de manutenção (Cm) indicam que para manter cada metro de canal, são necessários 286,5 m² para Perdizes e 243,9 m² para Fojo. A análise do uso e ocupação do solo revelou que dos quatro tipos de coberturas vegetais existentes: a cobertura vegetal dominante nas duas sub-bacias é de Floresta com 649 ha (51,1%) na Perdizes e 608,8 ha (43,6%) na Fojo; a cobertura Reflorestamento aparece em segundo lugar, ocupa área muito semelhante nas duas sub-bacias, 218 ha (17,2%) na Perdizes e aproximadamente 214 ha (15,3%) na Fojo. Em termos de conservação, a sub-bacia Fojo apresenta-se melhor conservada, pois além de menor área urbanizada, apresenta ainda, maior área com cobertura do tipo campo e uma área de floresta apenas um pouco menor que da sub-bacia Perdizes.

Biografia do Autor

Agenor Micaeli dos Santos, Departamento de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Mestre em Ciências Ambientais - UNITAU
Marcelo dos Santos Targa, Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
Draduado em Agronomia pela Universidade de Taubaté (1985), concluiu o Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1991 e o Doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), em 1997. Concluiu também uma Especialização em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade de Taubaté, em 1992. Chefe do Departamento de Ciências Agrárias da UNITAU no período de 1999 a 2003 e Membro efetivo do Conselho Universitário da UNITAU no período de 2004 a 2006. Como Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté, lecionou na Graduação em Agronomia da UNITAU as disciplinas Hidráulica, Irrigação e Drenagem; Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas e Legislação Agrícola e no Mestrado, a disciplina Hidrologia de Superfície. Com experiência na área de Agronomia, tem coordenado vários projetos na área de bacias hidrográficas com recursos do FEHIDRO - SP e do CNPq/CT-HIDRO. Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté (PPGCA-UNITAU).
Getulio Teixeira Batista, Universidade de Taubaté
Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais - UNITAU
Nelson Wellausen Dias, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais - UNITAU
Publicado
26/12/2012
Seção
Artigos