Urbanização e escoamento superficial na bacia hidrográfica do Igarapé Tucunduba, Belém, PA, Brasil

  • Marcelo dos Santos Targa Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
  • Getulio Teixeira Batista Universidade de Taubaté (UNITAU)
  • Helio Nobile Diniz Instituto Geológico do estado de São Paulo - IG/SMA
  • Nelson Wellausen Dias Isntituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  • Fernando Cardoso Matos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Palavras-chave: ciências ambientais, uso do solo, sistema de informação geográfica

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo estudar o escoamento superficial decorrente da ocupação desordenada na área do Igarapé Tucunduba, em Belém do Pará, no período de 1972 a 2006. Caracterizada por um processo de urbanização iniciado na década de 60 por uma população de baixa renda e com carência de serviços de infraestrutura. A urbanização modifica a superfície do solo interferindo na fase terrestre do ciclo hidrológico, pois em geral reduz a área de infiltração, aumenta o escoamento superficial e o coeficiente de Escoamento. Foi utilizada uma base cartográfica de uso e ocupação do solo da bacia desenvolvida com o apoio de fotografias aéreas ortorretificadas dos anos de 1972, 1977 e 1998 e de uma imagem do satélite SPOT de 2006. A construção de mapas e avaliação dos processos de urbanização foram possibilitadas por meio de ferramentas do software ArcGis™. Para a estimativa da infiltração potencial (S) e da precipitação efetiva (Pe) em função de chuvas máximas de duração igual ao tempo de concentração da bacia, foi utilizado a metodologia Curva Número do Natural Resources Conservation Service (NRCS). Foram utilizados os dados pluviométricos calculados a partir da equação de chuva máxima da cidade de Belém, adaptados para Tempos de retorno que variaram de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100 e 200 anos. Os resultados mostraram um aumento da densidade populacional (classes urbanizadas elevada e média) e diminuição da área na classe de baixa densidade populacional (mata de capoeira) na análise temporal dos anos 1972, 1977, 1998 e 2006, e, como consequência, um valor de precipitação efetiva maior, assim como, um valor de coeficiente de escoamento (C) também maior.

Biografia do Autor

Marcelo dos Santos Targa, Universidade de Taubaté (UNITAU), Brasil
Graduado em Agronomia pela Universidade de Taubaté (1985), concluiu o Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1991 e o Doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), em 1997. Concluiu também uma Especialização em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade de Taubaté, em 1992. Chefe do Departamento de Ciências Agrárias da UNITAU no período de 1999 a 2003 e Membro efetivo do Conselho Universitário da UNITAU no período de 2004 a 2006. Como Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté, lecionou na Graduação em Agronomia da UNITAU as disciplinas Hidráulica, Irrigação e Drenagem; Hidrologia e Manejo de Bacias Hidrográficas e Legislação Agrícola e no Mestrado, a disciplina Hidrologia de Superfície. Com experiência na área de Agronomia, tem coordenado vários projetos na área de bacias hidrográficas com recursos do FEHIDRO - SP e do CNPq/CT-HIDRO. Atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté (PPGCA-UNITAU).
Publicado
24/08/2012
Seção
Artigos