Remoção dos corantes Reactive Blue 21 e Direct Red 80 utilizando resíduos de sementes de Mabea fistulifera Mart. como biossorvente

  • Julieta de Jesus da Silveira Neta Embrapa Amazônia Oriental
  • Carlos Juliano da Silva Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Guilherme Costa Moreira Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Cesar Reis
  • Efraim Lázaro Reis Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Palavras-chave: adsorção, Mabea fistulifera Mart., bioadsorvente, corante

Resumo

Neste estudo empregou-se resíduos de Mabea fistulifera Mart. como bioadsorvente para a remoção dos corantes Reactive Blue 21 (RB 21) e Direct Red 80 (DR 80) em soluções aquosas e em amostras de efluentes reais fortificados com estes corantes. Foram investigados os ensaios da influência do pH, cinéticos e adsortivos para a remoção dos corantes por meio de uma série de experimentos de batelada. O bioadsorvente exibiu máxima adsorção em pH = 2,0 para ambos os corantes. O tempo de equilíbrio da adsorção foi estabelecido em 300 minutos para o DR 80 e 120 minutos para o RB 21. O modelo de Langmuir descreveu com maior fidelidade o comportamento do sistema sortivo, apresentando coeficiente de determinação (R2) superior a 0,98. Por meio da Isoterma de Langmuir, foi possível obter a capacidade máxima de adsorção dos corantes Direct Red 80 e Reactive Blue 21 pelo bioadsorvente sendo encontrados os valores de 4,92 mg g-1 e 11,13 mg g-1, respectivamente. O modelo cinético de pseudo-segunda ordem melhor descreveu o processo de adsorção do corante RB 21 sob o bioadsorvente, embora a difusão intra-partícula também esteja envolvida no mecanismo de adsorção. Já para o corante DR 80 o modelo de difusão de Morris e Weber sugeriu que a difusão intra-partícula é predominante em todo o processo de adsorção. Depois de otimizadas as condições adsortivas, o bioadsorvente foi empregado a amostras de efluentes têxteis reais fortificadas com soluções aquosas dos corantes, obtendo-se 85 % de remoção do RB 21 e 94 % de remoção do DR 80 na matriz do efluente.

Biografia do Autor

Julieta de Jesus da Silveira Neta, Embrapa Amazônia Oriental
EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL LABORATÓRIO DE AGROINDÚSTRIA
Publicado
27/04/2012
Seção
Artigos