Perfis de resistência antimicrobiana de cepas de Escherichia coli diarreiogênicas isoladas de praias do Reservatório de Lajeado, em Tocantins, Brasil

  • Kleverson Wessel de Oliveira Universidade Federal do Tocantins
  • Fátima de Cássia Oliveira Gomes Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG
  • Guilherme Benko UFT
  • Raphael Sanzio Pimenta Universidade Federal do Tocantins
  • Paula Prazeres Magalhães Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG
  • Edilberto Nogueira Mendes Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG
  • Paula Benevides de Morais Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Escherichia coli diarreiogênicas, resistência a antimicrobianos, fatores de virulência, PCR e praias fluviais

Resumo

A exposição humana à água contaminada constitui um importante mecanismo para a transmissão de patógenos gastrointestinais. Cepas de Escherichia coli diarreiogênicas podem causar infecções entéricas em humanos e incluem seis categorias diferentes de acordo com fatores de virulência. Este trabalho tem por objetivos detectar a presença de cepas diarreiogênicas de E. coli nas águas de sete praias do reservatório de Lajeado, Tocantins, Brasil e testar a resistência a drogas antimicrobianas para correlacionar com a possível contaminação da água por fezes humanas. As contagens de coliformes totais e E. coli foram realizadas pela técnica do substrato cromogênico Colilert™. A identificação bioquímica foi realizada utilizando kit API20E e a detecção dos fatores de virulência por PCR, empregando primers específicos para Shiga, LT e ST e genes de intimina. A susceptibilidade a 16 antibióticos foi testada pela técnica de difusão em discos de papel impregnados com antibiótico. Entre as 149 cepas de E. coli testadas, duas cepas de EPEC e duas de ETEC foram detectadas em águas de praias situadas em áreas urbanas, perto de descarga de efluentes. Estas cepas apresentaram resistência de 3 a 6 antibióticos. A provável origem humana das cepas é sugerida devido ao perfil de multiresistentes apresentado.

Biografia do Autor

Kleverson Wessel de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins
Laboratório de Microbiologia Ambiental e Biotecnologia, Universidade Federal do Tocantins. Campus Universitário de Palmas, Palmas – TO, Brazil
Fátima de Cássia Oliveira Gomes, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG
Doutora em Microbiologia Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG
Guilherme Benko, UFT
Laboratório de Microbiologia Ambiental e Biotecnologia, Universidade Federal do Tocantins. Campus Universitário de Palmas, Palmas
Raphael Sanzio Pimenta, Universidade Federal do Tocantins
Laboratório de Microbiologia Ambiental e Biotecnologia, Universidade Federal do Tocantins. Campus Universitário de Palmas, Palmas – TO
Paula Prazeres Magalhães, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Departamento de Microbiologia
Edilberto Nogueira Mendes, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Departamento de Clinica Médica
Paula Benevides de Morais, Universidade Federal do Tocantins
Sou professora do curso de Engenharia Ambiental e Mestrado em Ciências do Ambiente da UFT. Trabalho em estudos limnológicos e de qualidade ecológica de ecossistemas aquáticos naturais e reservatórios na Bacia Tocantins - Araguaia, bem como avaliação ambiental para gestão de bacias hidrográficas. Paula possui graduação em Ciencias Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, tendo cursado bacharelado com ênfase em Microbiologia (1987) e seu projeto de monografia versou sobre Variação sazonal de leveduras e parâmetros limnológicos na Lagoa Santa, região Carstica de Minas Gerias, sob a orientação conjunta da Dra. Maria Aparecida Resende e Dr. Francisco Antonio Barbosa. Cursou mestrado e doutorado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) ambos com a orientação do Dr. Allen Hagler, tendo defendido dissertação de Mestrado sobre Leveduras associadas a Drosphila em florestas Tropicais do Rio de Janeiro, e sua Tese de Doutoramento sobre Comunidades de Leveduras e Drosophila em Florestas Tropicais Úmidas do Rio de Janeiro e Pará. Trabalhou como bolsista Recém-doutora do CNPq em projeto acerca da Fermentação de cachaça de Minas Gerais, no Laboratório de Fermentações do Depto de Microbiologia da UFMG. Migrou para o Tocantins em 1997, e hoje é professora adjunto da Universidade Federal do Tocantins, nos cursos de graduação em Engenharia Ambiental e Programa de Mestado em Ciências do Ambiente. Atua em pesquisas sobre Biodiversidade de comunidades de leveduras, insetos e plantas no cerrado, e também em Hidrobiologia da Bacia Tocantins-Araguaia, com ênfase em biocritérios de integridade ambiental para proposição de corpos d´água de referência. (Texto informado pelo autor)
Publicado
24/08/2012
Seção
Artigos