Análise de incerteza em um modelo matemático de qualidade da água aplicado ao Ribeirão do Ouro, Araraquara, SP, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.196)

  • Daniel Jadyr Leite Costa Mestre o Doutorando em Engeharia Hidráulica e Saneamento EESC-USP
  • Denilson Teixeira Uniara - Centro Universitário de Araraquara
Palavras-chave: Métodos estocásticos, modelagem matemática, águas superficiais, gestão de recursos hídricos

Resumo

Os modelos matemáticos de qualidade de águas superficiais constituem-se em importante instrumento para auxiliar a tomada de decisão voltada tanto para a prevenção como para a correção da degradação dos recursos hídricos. No entanto, existem incertezas na determinação de parâmetros e variáveis de entrada dos modelos que podem alterar de forma significativa os resultados esperados. Se essas incertezas forem simplesmente ignoradas, podem ser tomadas decisões equivocadas, apoiadas em resultados de um modelo com pouca confiabilidade. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise de incerteza, a partir da utilização de um método estocástico sobre um modelo determinístico de qualidade de águas superficiais aplicado no Ribeirão do Ouro, localizado no município de Araraquara, SP. Foi utilizado o método de Análise de Erros de Primeira Ordem e os resultados, interpretados com relação ao atendimento aos padrões de qualidade de águas presentes na resolução CONAMA 357/2005, subsidiaram a elaboração de mapas de qualidade das águas superficiais da bacia hidrográfica. Verificou-se significativa influência das atividades antrópicas sobre a qualidade das águas superficiais, havendo infração ambiental por parte do poluidor em um percurso com mais de 7 km de extensão. Por considerar as componentes de incertezas, o método estocástico demonstrou ser relevante para o gerenciamento dos recursos hídricos, pois possibilitou a apresentação dos resultados em termos de probabilidade de ocorrência.

Biografia do Autor

Denilson Teixeira, Uniara - Centro Universitário de Araraquara
Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente – UNIARA – Brasil
Publicado
22/08/2011
Seção
Artigos