Composição florística e fertilidade do solo no garimpo de ouro da Lavrinha, Pontes e Lacerda, MT, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.599)

  • Tatiani Botini Pires Universidade do estado de Mato Grosso
  • Maria Aparecida Pereira Pierangeli Universidade do estado de Mato Grosso
Palavras-chave: Ecótono, Cerrado, Bacia Amazônica, áreas degradadas, fitossociologia

Resumo

As atividades de mineração causam intensa degradação no ambiente, especialmente no solo e vegetação. Este trabalho avaliou a composição florística e atributos de fertilidade do solo em área de mineração de ouro a céu aberto. Foram estabelecidas cem parcelas de 10 × 10 m, distribuídas na área efetivamente minerada e no seu entorno, nas quais foram coletados e identificados todos os indivíduos lenhosos, com circunferência de caule (CAS) igual ou superior a 9 cm tomados a 0,3 m da altura do solo. Em todas as parcelas foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-20 cm para análise de atributos de fertilidade avaliados rotineiramente. No total, observou-se a ocorrência de 92 espécies e 43 famílias. As famílias com maior abundância foram Myrtaceae, Fabaceae e Dilleniaceae e as com maior número de espécies foram Fabaceae (10), Malpighiaceae (7) e Vochysiaceae (5). Na área efetivamente minerada as espécies com maiores índice de valor de importância (IVI) foram Curatella americana (89,1) Cecropia hololeuca (40,9), Roupala montana (12,5) e Pouteria ramiflora (10,2) enquanto no entorno da área minerada os maiores IVI foram para Myrcia multiflora (25,6), Caryocar brasiliense (15,73), Magonia pubescens (14,8) e Vatareia macrocarpa (14,4). Nas duas áreas, o solo apresentou baixo pH, baixa disponibilidade de P; K+, Ca2+ e Mg2+ e alta saturação por Al3+. Apesar da baixa fertilidade do solo da área em estudo, a mesma consegue manter uma densidade total de vegetação com CAS > 9 cm de 430 na área efetivamente minerada e 2.220 indivíduos ha-1 no seu entorno.

Biografia do Autor

Tatiani Botini Pires, Universidade do estado de Mato Grosso
Bióloga, Mestre em Ciências Ambientais, Professora do Dpto de Zootecnia
Maria Aparecida Pereira Pierangeli, Universidade do estado de Mato Grosso
Departamento Zootecnia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Publicado
21/12/2011
Seção
Artigos