Desenvolvimento de modelo conceitual termodinâmico para o reservatório hidrelétrico de Itumbiara baseado em dados de satélite e telemétricos (doi:10.4136/ambi-agua.192)

  • Enner Herenio de Alcântara INPE
  • José Luiz Stech
Palavras-chave: fluxo de calor, temperatura, MODIS/Terra, estratificação e mistura

Resumo

Sistemas aquáticos respondem continuamente às condições climáticas, as quais variam amplamente no espaço e no tempo. A resposta de cada corpo d’água às condições externas (processos hidrometeorológicos) é revelada em um primeiro momento por meio da sua estrutura térmica. A maioria dos processos químicos, físicos e biológicos em sistemas aquáticos continentais é afetada diretamente pelo regime hidrológico do corpo d’água (por exemplo: profundidade do corpo d’água) e mudanças térmicas (por exemplo: padrão de estratificação), sendo também indiretamente afetado pelas variações climáticas. Entender o sistema reservatório-clima é de fundamental importância no entendimento dos efeitos das mudanças climáticas nos processos limnológicos. Baseado nisso o objetivo geral deste trabalho é desenvolver um modelo conceitual termodinâmico para o reservatório hidrelétrico de Itumbiara, GO. A metodologia desenvolvida foi baseada na utilização de imagens de satélite de resolução moderada, as quais permitiram a estimativa do campo de temperatura de 2003 a 2008 durante o dia e durante a noite. Os resultados mostraram o potencial do uso de imagens de satélite no estudo das variações da temperatura de superfície e, principalmente, na explicação de tais variações. O uso de dados meteorológicos e de temperatura da água em vários níveis, obtidos por estações meteorológicas e boias de monitoramento automático contribuíram para o melhor entendimento dos processos físicos na camada de mistura do reservatório. Os resultados também permitiram a elaboração de modelos conceituais sobre a termodinâmica da água do reservatório de Itumbiara.

Biografia do Autor

Enner Herenio de Alcântara, INPE
Bacharel em Ciências Aquáticas (Habilitação em Gestão de Recursos hídricos) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Doutorado em sensoriamento remoto pelo INPE. Têm experiência nas áreas de Geociências (ênfase em Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto); Ecologia (ênfase em Limnologia) e Gestão Ambiental (ênfase em Gestão de Recursos Hídricos).
Publicado
22/08/2011
Seção
Artigos