Comunidade de palmeiras no entorno de escorregamentos no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, SP (doi:10.4136/ambi-agua.24)

  • Adriano Teixeira Bastos Neto UNITAU
  • Simey Thury Vieira Fisch UNITAU
Palavras-chave: Arecaceae, SACZ, Landslides, Tropical montane rain Forest

Resumo

O trabalho foi realizado no Núcleo Santa Virgínia (Parque Estatal de Serra do Mar), São Paulo, Brasil (45º 30' W e 23º 17' S), com o objetivo de avaliar as diferentes respostas da comunidade de palmeiras em dois escorregamentos ocorridos no verão de 1996 devido a um evento atmosférico (Zona de Convergência de Sul Atlântico). Um dos escorregamentos fica situado em área de floresta preservada e o outro em uma área de vegetação secundária. Para avaliar a distribuição de comunidade de palmeiras, foram alocadas parcelas circulares de 100m2 nas bordas das cicatrizes dos deslizamentos e no interior da vegetação adjacente em três altitudes (baixo, meio e topo). As palmeiras classificadas em três estádios ontogênicos (plântulas, jovens e adultos) estavam representadas por cinco espécies na área preservada (espécies de dossel superior: Attalea dubia e Euterpe edulis e espécies de sub-bosque: Geonoma gamiova, G. pohliana e G. schottiana) e quatro espécies na área de floresta secundária (as mesmas espécies, exceto G. pohliana). A perturbação causada pelos escorregamentos na comunidade de palmeiras se deu de forma que as espécies como E. edulis e G. schottiana na fase jovem foram estimuladas pelo aumento de luminosidade provocado pelos deslizamentos, enquanto que a espécie G. gamiova diminuiu drasticamente nestas condições em todas as fases de desenvolvimento. O padrão de regeneração observado indica que espécies de palmeiras dos diferentes estratos da floresta respondem de maneira diferente a este tipo de perturbação ambiental.

Publicado
31/08/2007
Seção
Artigos