Aplicação de modelo de balanço hídrico BALSEQ para estimativa da infiltração profunda em região cárstica (doi:10.4136/ambi-agua.456)

  • Rodrigo de Arruda Camargo Universidade Federal de Viçosa
  • Eduardo de Aguiar do Couto Universidade Federal de Viçosa
  • Luna Gripp Simões Alves Universidade Federal de Viçosa
  • Maria Lúcia Calijuri Universidade Federal de Viçosa
  • Marcos Dornelas Freitas Machado e Silva Universidade Federal de Viçosa
Palavras-chave: Balanço hídrico, região cárstica, modelo BALSEQ

Resumo

O atual panorama de escassez hídrica evidencia a necessidade da gestão adequada dos recursos hídricos. Em regiões cársticas, a circulação da água se dá por entre as fraturas existentes, elevando consideravelmente a taxa de infiltração da água, o que explica a baixa incidência de rios e a importância das águas subterrâneas no abastecimento da população. Diante disso, entende-se que conhecer o balanço hídrico se faz necessário, uma vez que este pode auxiliar a tomada de decisões, orientando a gestão das águas. Este trabalho teve como objetivo realizar o balanço hídrico de uma região cárstica, quantificando os valores de água infiltrada, escoada e evapotranspirada, utilizando para isso o modelo BALSEQ. A área de estudo está localizada próxima ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, no município de Confins, MG. A maior parte da área é ocupada por Formações Florestais (40,9%), seguido por Pastagem (34,5%). Para a estimativa da infiltração profunda, utilizou-se o modelo BALSEQ. O BALSEQ caracteriza-se por ser um modelo numérico de balanço hídrico sequencial em que a infiltração profunda ao final do dia é dada pela diferença entre a precipitação diária e a soma do escoamento superficial, evapotranspiração e a variação da quantidade de água acumulada no solo. Os resultados mostram que, aproximadamente, 60% da precipitação total anual resultam em infiltração profunda, sendo o período de recarga de setembro a março. Após o período de estiagem, as áreas sem cobertura vegetal apresentam maior infiltração profunda, porém, com o passar dos meses, a contribuição das áreas vegetadas torna-se maior, mostrando a importância dessas áreas para a recarga dos aquíferos.

Biografia do Autor

Rodrigo de Arruda Camargo, Universidade Federal de Viçosa
Engenheiro Ambiental, Mestrando em Saneamento Ambiental do programa de pós-graduação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa
Eduardo de Aguiar do Couto, Universidade Federal de Viçosa
Engenheiro Ambiental, Mestrando em Saneamento Ambiental do programa de pós-graduação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa
Luna Gripp Simões Alves, Universidade Federal de Viçosa
Engenheira Ambiental, Mestranda em Saneamento Ambiental do programa de pós-graduação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa
Maria Lúcia Calijuri, Universidade Federal de Viçosa
Engenhara Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1988). É professora titular da Universidade Federal de Viçosa desde 1996.
Marcos Dornelas Freitas Machado e Silva, Universidade Federal de Viçosa
Engenheira Ambiental, Doutorando em Saneamento Ambiental do programa de pós-graduação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa
Publicado
21/12/2011
Seção
Artigos