Sorção de cromo em solos do cerrado goiano, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.143)

  • Mara Lucia Lemke-de-Castro UFG
  • Jácomo Divino Borges UFG
  • Luiz Fernando Coutinho Oliveira UFLA
  • Cristiane Rodrigues Solocria Laboratório Agropecuário Ltda.
  • Cícero Célio Figueiredo UNB
  • Welershon José de Castro UEG
Palavras-chave: retenção, curtume, Latossolo, Neossolo Quartzarênico

Resumo

O uso agrícola de lodos de curtume, que contêm, normalmente, elevados teores de cromo, e consideráveis teores de matéria orgânica, macronutrientes e micronutrientes, pode contribuir para a melhoria da fertilidade dos solos e nutrição das plantas, além de representar uma forma de descarte do resíduo no ambiente. Objetivou-se, com esta pesquisa, determinar as isotermas de sorção do metal cromo trivalente (Cr+3) em Argissolo Vermelho Eutrófico (PVef), Latossolo Vermelho Acriférrico (LVwf), Neossolo Quartzarênico (RQ) e Nitossolo Vermelho Eutroférrico (NVef); verificar, dentre essas classes de solos, qual proporciona maior mobilidade ao cromo, e caracterizar o potencial dos solos agricultáveis do Estado de Goiás quanto ao risco de contaminação de águas subterrâneas por esse metal potencialmente tóxico. Para o estabelecimento de isotermas de sorção foram colocados 5,0 cm3 de amostras de terra fina seca ao ar (TFSA) de cada classe de solo, em triplicata, em béqueres de 250,0 cm3. Foram adicionados, com o auxílio de uma proveta, 50,0 cm3 da solução contendo o metal potencialmente tóxico. As soluções foram preparadas em CaCl2.(2H2O) (0,01 mol.L-1) como eletrólito-suporte e empregando o sulfato básico de cromo como fonte do metal. Foram efetuados ajustes de regressão polinomial entre as concentrações dos teores do metal potencialmente tóxico na solução contaminante em função da concentração do metal na solução filtrada após o equilíbrio. O Neossolo Quartzarênico apresentou uma menor retenção em comparação com as demais classes de solos sendo, portanto, mais vulnerável à contaminação das águas subterrâneas, caso resíduos industriais contendo Cr+3 sejam aplicados como fertilizantes nessa classe de solo.

Biografia do Autor

Mara Lucia Lemke-de-Castro, UFG
Doutoranda em Agronomia pela UFG área de concentração Solo e água; Mestre em Agronomia pela UFG 2009 área de concentração Solo e Água Esp. Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria pela UFLA 2005 Graduação em Ciência Biológicas pela UEG 2001 Técnica em Tratamento de Resíduos Indutriais pelo SENAI/RS 1993 Técnica em Curtimento pelo SENAI/RS 1989 CRQ: 12400842 CRBio: 44866/04-D
Jácomo Divino Borges, UFG
Doutor em Agronomia pela UFG; professor do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - EA/UFG
Luiz Fernando Coutinho Oliveira, UFLA
Doutor em Engenharia Agrícola pela UFV; professor adjunto DEG-UFLA
Cristiane Rodrigues, Solocria Laboratório Agropecuário Ltda.
Mestre em Agronomia pela UFG
Cícero Célio Figueiredo, UNB
Doutor em Agronomia pela UFG; professor adjunto FAV/UNB
Welershon José de Castro, UEG
Geografo pela UEG
Publicado
27/08/2010
Seção
Artigos