Análise ambiental e do estado de deterioração da microbacia do Riacho do Tronco, Boa Vista, PB, Brasil (doi:10.4136/ambi-agua.128)

  • Josandra Araújo Barreto de Melo Universidade Federal de Campina Grande
  • Eduardo Rodrigues Viana de Lima Universidade Federal da Paraíba
  • José Dantas Neto Universidade Federal de Campina Grande
  • Ronildo Alcântara Pereira Universidade Federal de Campina Grande
Palavras-chave: Microbacia hidrográfica, deterioração ambiental, desertificação

Resumo

Nesta pesquisa foi proposto, a partir da subdivisão da microbacia do Riacho do Tronco em oito sub-microbacias, diagnosticar as aptidões de uso/ocupação das terras em cada uma, identificar as áreas de conflitos de uso e o nível de deterioração ambiental da microbacia como um todo, subsidiando o ordenamento territorial e a minimização dos riscos à desertificação. Fazendo-se uso de técnicas de geoprocessamento e trabalho de campo, foram calculados os parâmetros que permitiram o estabelecimento do Coeficiente de Rugosidade de cada sub-microbacia, segundo metodologia adaptada de Rocha (1997), possibilitando a classificação da aptidão natural destas. Os resultados demonstraram que quatro são aptas para agricultura, três para pecuária e florestamento e uma apenas para florestamento; também se diagnosticou o uso e ocupação das terras atual e foram identificados os conflitos de uso, no caso presente representados pela prática de atividades dissonantes da vocação natural das sub-microbacias, pelos percentuais de solo exposto e pelas áreas de mineração, presentes em algumas sub-microbacias; Dessa forma, a partir da análise das variáveis conflitos de uso, áreas a florestar, disponibilidade ou excesso de áreas agrícolas e áreas a serem trabalhadas para o manejo correto das sub-microbacias, foi possível verificar que a Microbacia do Riacho do Tronco tem um percentual de deterioração de 42,8%. A partir do exposto, evidencia-se um alto nível de deterioração ambiental, com consequente propensão à desertificação, haja vista a área estar localizada no Semiárido brasileiro e as atividades econômicas serem desenvolvidas sem preocupações conservacionistas, urgindo a adoção de ações sustentáveis, a serem implementadas pelo poder público e sociedade organizada.

Biografia do Autor

Josandra Araújo Barreto de Melo, Universidade Federal de Campina Grande
Professora do Curso de Licenciatura em Geografia, Universidade Estadual da Paraíba; Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande.
Eduardo Rodrigues Viana de Lima, Universidade Federal da Paraíba
Professor do Curso de Geografia, Departamento de Geociências, Universidade Federal da Paraíba.
José Dantas Neto, Universidade Federal de Campina Grande
Professor do Curso de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande.
Ronildo Alcântara Pereira, Universidade Federal de Campina Grande
Mestre em Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande.
Publicado
29/04/2010
Seção
Artigos