Avaliação de taninos vegetais modificados quimicamente como coagulantes para tratamento de água

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de taninos quimicamente modificados como coagulantes para tratamento de água. Os taninos das cascas de Anacardium occidentale (cajueiro) e Mimosa caesalpiniifolia (sabiá) e dos frutos sem sementes de Anadenanthera colubrina (angico) e Pityrocarpa moniliformis (angico de bezerro) foram avaliados após cationização para remover a turbidez da água. Após a extração, os extratos de taninos tiveram o teor de sólidos totais (TST), o índice de Stiasny (IS) e o teor de taninos totais condensados (TCT). Os taninos extraídos foram convertidos em pó e cationizados. Em seguida, avaliou-se a eficácia dos taninos cationizados na remoção da turbidez e o tempo de sedimentação além do efeito no pH da água. Para avaliar a eficiência dos taninos cationizados como floculantes foram utilizadas três concentrações de cada tipo de material: 50, 100 e 150 mg L^-1. Embora o extrato de P. moniliformis tenha apresentado maior valor de TST (56,06%), apresentou os menores valores de IS (0,42%) e TCT (0,23%). Os taninos da casca de M. caesalpiniifolia apresentou o menor TST (9,18%) e o maior IS (91,27%), enquanto os derivados de A. occidentale se destacaram pelo maior TCT (19,83%). Todas as espécies demonstraram potencial para produção de taninos e foram eficientes em remover a turbidez da água em todas as concentrações. Porém, apenas o A. occidentale, na concentração de 100 mg L^-1, apresentou unidade de turbidez nefelométrica de 2,4, atingindo os padrões de potabilidade exigidos pelas especificações internacionais e, portanto, sendo indicado para tratamento de água.

Palavras-chave: espécies florestais, floculantes naturais, remoção de turbidez, taninos condensados.