Remoção de 17α-etinilestradiol e fósforo total por um reator em batelada sequencial sobre dois diferentes tempos de retenção de sólidos

  • Lícia Murito de Paula Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental. Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ), Rua Leopoldo Bulhões, n° 1480, CEP: 21041-210, Manguinhos, RJ, Brazil
  • Eline Simões Gonçalves Instituto de Química. Departamento de Geoquímica Ambiental. Universidade Federal Fluminense (UFF), Outeiro São João Batista, s/n, CEP: 24020-141, Niterói, RJ, Brazil.
  • Larissa Coelho Auto Gomes Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental. Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ), Rua Leopoldo Bulhões, n° 1480, CEP: 21041-210, Manguinhos, RJ, Brazil.
  • José Carlos Rodrigues de Moura Júnior Departamento de Engenharia Química e de Materiais. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rua Marquês de São Vicente, n° 124, CEP: 22451-040, Gávea, RJ, Brazil.
  • Jaime Lopes da Mota Oliveira Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental. Escola Nacional de Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ), Rua Leopoldo Bulhões, n° 1480, CEP: 21041-210, Manguinhos, RJ, Brazil.

Resumo

Sistemas de tratamento de esgotos podem representar barreiras no descarte de desreguladores endócrinos como 17α-etinilestradiol (EE2) no meio ambiente. Processos capazes de promover a remoção de fósforo total (FT) como reatores em batelada sequenciais (RBSs) podem ser promissores para esta proposta. Dois RBSs em escala de laboratório aplicando diferentes tempos de retenção de sólidos (TRS) foram avaliados para a remoção de EE2 e FT. As fases anaeróbia/aeróbia/anóxica com ciclos de 6 h foram usadas para tratar esgoto contendo 5 μg L-1 de EE2. As taxas de remoção de demanda química de oxigênio e de FT foram acima de 80% nos RBSs. A nitrificação parcial foi observada nos dois RBSs. Inicialmente valores acima de 1,0 μg L-1 de EE2 no esgoto tratado foram medidos. Estas concentrações foram menores no RBS 1 que usou um menor TRS; logo, provavelmente o EE2 foi removido por sorção no lodo. Após o 56º ciclo, as concentrações de EE2 no esgoto tratado foram abaixo de 0,1 μg L-1 nos dois RBSs mostrando que sua remoção pode ter ocorrido por biodegradação devido a aclimatação do processo. Portanto, tanto a remoção de FT quanto a nitrificação parecem ter um papel importante na remoção de EE2 por RBS.

Palavras-chave: RBS A2O, remoção de EE2 e FT, tratamento de esgotos.


Publicado
31/05/2023
Seção
Artigos