Variações sazonais no tempo de residência e na idade da água no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba, AL (Brasil)

  • Lucas de Carvalho Ferreira Programa de Engenharia Ambiental. Escola Politécnica e Escola de Química. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Avenida Athos Silveira, n° 149, CEP: 21945-970, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Monica Pertel Programa de Engenharia Ambiental. Escola Politécnica e Escola de Química. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Avenida Athos Silveira, n° 149, CEP: 21945-970, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Paulo Cesar Colonna Rosman Programa de Engenharia Naval, Oceânica e Costeira. Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica. Instituto Alberto Luis Coimbra de Pós Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Avenida Athos Silveira, n° 149, CEP: 21945-970, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.

Resumo

Os Tempos Hidráulicos Característicos (THC) denominados Tempo de Residência (TR) e Idade da Água (IA) foram analisados no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM – AL, Brasil), através do SisBaHiA® – Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental, para dois cenários: período chuvoso, de maio a julho de 2018; e período seco, de outubro a dezembro de 2018. As modelagens hidrodinâmicas representaram adequadamente as variações de nível d’água observadas nas lagunas. As análises das correntes residuais revelaram como a circulação hidrodinâmica foi afetada pelas variações sazonais, e forneceram informações essenciais para compreender os resultados das simulações de TR e da IA. Este estudo aprofundou os conhecimentos em relação ao TR das massas de água no interior das lagunas, e reforçou como as descargas fluviais influenciam significativamente a exportação das mesmas, o que resultou, considerando a abrangência espacial, em TR bem menores no período chuvoso, em comparação ao período seco. As análises da IA agregaram novos e significativos conhecimentos quanto à renovação das águas, por meio de uma perspectiva diferente, e ainda pouco explorada na região de estudo. Dentre os resultados obtidos, os mais relevantes se referem ao período seco, no qual constatou-se que as águas mais “velhas”, na laguna Mundaú, ocorreram próximo da região sudeste, enquanto na laguna Manguaba, nas proximidades da região central. Ambas as regiões foram confirmadas como os locais que apresentam os índices de estado trófico mais crítico, em cada laguna, evidenciando que a IA é um THC que indica os locais mais propícios a estados tróficos mais críticos.

Palavras-chave: idade da água, lagunas Mundaú-Manguaba, tempo de residência.


Publicado
12/04/2023
Seção
Artigos