O papel dos reservatórios artificiais de água para a conservação dos mamíferos no estado de Santa Catarina

  • Mirian Carbonera Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais. Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Rua Servidão Anjo da Guarda, n° 295-D, CEP: 89809-900, Chapecó, SC, Brazil.
  • Daniel Loponte Instituto Nacional de Antropología y Pensamiento Latinoamericano. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Rua 3 de febrero, 1378 (C1426BJN), Buenos Aires, Argentina.
  • Bruna Schneider Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais. Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Rua Servidão Anjo da Guarda, n° 295-D, CEP: 89809-900, Chapecó, SC, Brazil.

Resumo

O homem tem modificado profundamente a região abrangida pela bacia do alto rio Uruguai. As planícies deste rio e as partes baixas dos morros têm sido modificadas para a produção agrícola, deixando pequenas parcelas de mata natural, principalmente nas partes altas dos morros, onde se refugia a vida silvestre. Estes setores menos modificados, geralmente, carecem de água, fazendo com que a fauna se desloque até o fundo dos vales para beber. Contudo, existem diferentes obstáculos entre os morros e os rios e córregos, que impedem o acesso diário da fauna aos cursos d’ água, por isso acabam bebendo dos reservatórios artificiais presentes nos estabelecimentos agrícolas, o que se expressa nos altos valores de δ18O observados na bioapatita óssea dos mamíferos selvagens locais. Estes dados destacam a importância dos reservatórios artificiais distribuídos na paisagem agrícola de Santa Catarina, para a preservação da vida silvestre, bem como a importância que tem a vigilância sanitária para prevenir a transmissão de enfermidades dos animais domesticados na vida silvestre.

Palavras-chave: conservação, isotopos estáveis, oxigenio-18, reservatórios artificiais, Santa Catarina.


Publicado
22/11/2022
Seção
Artigos