Modelagem do volume e do peso da casca de Bracatinga (Mimosa scabrella – Bentham) na região metropolitana de Curitiba, Paraná (doi:10.4136/ambi-agua.11)

  • Sebastião do Amaral Machado Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil.
  • Luís César Rodrigues da Silva UFPR
  • Edilson Urbano UFPR
  • Marco Aurélio Figura
  • Saulo Jorge Téo
  • Lorena Stolle
Palavras-chave: Mimosa scabrella, biomass, estimative, forest inventory, modeling

Resumo

Este trabalho teve como objetivo a modelagem do volume e do peso da casca da bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). Foram cubadas 440 árvores de bracatinga pelo método relativo de Hohenadl para 10 seções, com idades de 6 a 17 anos, em vários municípios da região metropolitana de Curitiba, Paraná. Os fustes de 194 árvores foram pesados no campo. Amostras de casca dessas árvores foram coletadas, pesadas no campo (peso verde) e trazidas para secagem até peso constante (peso seco), possibilitando assim calcular a relação peso seco/peso verde da amostra e extrapolação para todo o fuste. Por meio da literatura foram selecionados modelos tradicionalmente usados em estimativas de volume. Foram também gerados modelos próprios com as variáveis que mais se correlacionavam com o peso e o volume da casca da bracatinga. Ao todo foram ajustados 20 modelos, sendo utilizado o peso 1/d²h para a ponderação dos modelos aritméticos de dupla entrada e 1/d² para os de simples entrada. Os melhores modelos foram então selecionados, com base no seu desempenho em relação ao coeficiente de determinação ajustado (R²aj), erro padrão da estimativa em porcentagem (syx%) e distribuição gráfica dos resíduos. No geral, os modelos próprios, compostos com as variáveis de maior correlação, foram os mais precisos. Os melhores ajustes foram obtidos para o volume e o peso verde da casca, com syx% variando de 15 a 18% e R²aj de 0,96 a 0,98. Já quando se estimou o volume da casca em porcentagem, o melhor modelo para esta situação apresentou um R²aj de apenas 0,47 e syx% de 17%. Quando se estimou o peso seco da casca, os melhores modelos apresentaram syx% maiores e R²aj mais baixos do que os obtidos para peso verde.

Biografia do Autor

Sebastião do Amaral Machado, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil.
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1965), especialização em Fotointerpretação pelo Centro Geotécnico da França Ufpr (1968), especialização em Manejo de Áreas Silvestres pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas da OEA (1969), especialização em Pós-Doutorado pela University of Georgia (1993), especialização em Treinamento Pós-Doutorado pela University Freiburg (1981), especialização em Administração e Manejo Florestal pela University of Michigan - Ann Arbor (1989), especialização em Astronomia de Campo e Geodésia pela Universidade Federal do Paraná (1970), mestrado em Dasometria, Mensuração Florestal pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas da OEA (1972) e doutorado em Biometria e Manejo Florestal pela Universidade de Washington Em Seattle Washington, U S A (1978). Atualmente é Professor Sênior da Universidade Federal do Paraná e Assessor/Consultor do Fundação Araucária de Apoio ao Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Manejo Florestal.
Publicado
06/06/2007
Seção
Artigos