Serapilheira acumulada, estoque de nutrientes e decomposição em um fragmento de Floresta Atlântica

  • Diêgo Gomes Júnior Gerência Local de Alegre. Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF-ES), Rua Olívio Correia Pedrosa, n° 566, CEP: 29500-000, Alegre, ES, Brazil
  • Marcos Vinicius Winckler Caldeira Departamento de Ciências Florestais e da Madeira. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Avenida Governador Lindemberg, n° 316, CEP: 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil.
  • Dione Richer Momolli Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
  • William Macedo Delarmelina Técnico em Florestas. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES), Campus Ibatiba, Avenida 7 de Novembro, n° 40, CEP: 29395-000, Ibatiba, ES, Brazil.
  • Henrique Machado Dias Departamento de Ciências Florestais e da Madeira. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Avenida Governador Lindemberg, n° 316, CEP: 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil.
  • Ranieri Ribeiro Paula Departamento de Ciências Florestais e da Madeira. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Avenida Governador Lindemberg, n° 316, CEP: 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil.
  • Kelly Nery Bighi Departamento de Ciências Florestais e da Madeira. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Avenida Governador Lindemberg, n° 316, CEP: 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brazil.

Resumo

A dinâmica da serapilheira é um dos processos fundamentais para o crescimento e manutenção dos fragmentos florestais nativos, sendo considerada a principal via de ciclagem de nutrientes nas florestas. Portanto, estudos sobre a serapilheira acumulada e conteúdo de nutrientes subsidiam informações para uma melhor compreensão da dinâmica dos nutrientes. O objetivo do estudo foi avaliar o estoque de serapilheira e nutrientes em diferentes estações do ano e a taxa instantânea de decomposição em um fragmento de Floresta Atlântica ao longo de dois anos. A amostragem da serapilheira foi realizada em 12 parcelas permanentes com dimensões de 20 m x 50 m. Determinou-se a massa seca da serapilheira e o teor dos nutrientes. O acúmulo médio anual de serapilheira foi de 5.269 kg ha-1. Não houve diferença estatística na quantidade de serapilheira entre as estações do ano. Houve diferença estatística nos teores de N, P, K Ca e Mg entre as diferentes estações do ano. Os estoques de nutrientes foram de 123.3, 92.8, 13.2, 11.8, 9.6 e 3.0 kg ha-1 para Ca, N, Mg, S, K e P, respectivamente. O total de nutrientes na serapilheira acumulada foi de 253,7 kg ha-1 ano-1. O tempo de renovação da serapilheira foi de 281 dias. O tempo para a decomposição de 50% e 95% da mesma foi de 196 e 850 dias, respectivamente. A produção média de serapilheira, o estoque de nutrientes e a decomposição estão de acordo com outros estudos realizados, indicando que o fragmento de Floresta Atlântica sazonal semidecidual apresenta indicadores de ciclagem de nutrientes. Esses resultados encontrados mostram que o ecossistema se encontra sustentável sob ponto de vista da ciclagem e liberação dos nutrientes. 

Palavras-chave: ciclagem dos nutrientes, indicadores ecológicos, sucessão secundária.


Publicado
05/04/2022
Seção
Artigos