Potenciais efeitos mutagênicos do herbicida glifosato em Gymnotus inaequilabiatus (Valenciennes, 1839)

  • Larissa Nayara Lima Silva Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais. Universidade do Estado de Mato Grosso (UEM), Cidade Universitária (Bloco II), Avenida Santos Dumont, s/n, CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Claumir Cesar Muniz Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais. Universidade do Estado de Mato Grosso (UEM), Cidade Universitária (Bloco II), Avenida Santos Dumont, s/n, CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Ernandes Oliveira Sobreira Junior Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais. Universidade do Estado de Mato Grosso (UEM), Cidade Universitária (Bloco II), Avenida Santos Dumont, s/n, CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
  • Áurea Regina Alves Ignácio Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade, Etnobiologia do Pantanal. Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais. Universidade do Estado de Mato Grosso (UEM), Cidade Universitária (Bloco II), Avenida Santos Dumont, s/n, CEP: 78200-000, Cáceres, MT, Brazil.
Palavras-chave: dano celular, peixe, Roundup®.

Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar a ocorrência de danos nucleares nas hemácias de Gymnotus inaequilabiatus, expostos in vivo ao herbicida glifosato. Os peixes foram distribuídos em quatro grupos, sendo eles: controle (sem a adição do herbicida) e os grupos contaminados nas concentrações de 65 µg/L (concentração permitida pela Resolução do CONAMA), 1 mg/L (limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde – OMS e Food and Agriculture Organization – FAO) e de 5 mg/L (superdose, cinco vezes maior que a estabelecida pela OMS e FAO). Para análise de danos celulares foi utilizado o método de Anormalidades Nucleares Eritrocíticas (ANE) contando 1000 células por lâmina em duplicatas. Foi observado um aumento nos danos celulares durante as 144 horas de exposição (6 dias) em todos os tratamentos. Mesmo sob uma pequena concentração, houve um claro efeito sobre a formação segmentada, renal, lobada e principalmente na formação de micronúcleos. Os elevados danos foram causados nas primeiras 48 horas sendo reduzidos após 144 horas, onde o peixe pode ter bloqueado o efeito do herbicida. Estudos que analisam os mecanismos de ação de herbicidas à base de glifosato, são fundamentais para a determinação dos riscos causados à biota, já que há grande divergência sobre os limites máximos toleráveis na água, podendo causar impactos na qualidade e integridade desses ecossistemas.


Publicado
22/09/2021
Seção
Artigos