Balanço hídrico para a determinação do excesso hídrico na soja em terras baixas

  • Mateus Possebon Bortoluzzi Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Universidade de Passo Fundo (UPF), Rodovia BR 285, km 292, CEP: 99052-900, Passo Fundo, RS, Brazil.
  • Paulo Ivonir Gubiani Departamento de Solos. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
  • Arno Bernardo Heldwein Departamento de Fitotecnia. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
  • Roberto Trentin Departamento de Fitotecnia. Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Campus Universitário Capão do Leão, s/n, CEP: 96010-610, Capão do Leão, RS, Brazil.
  • Jocélia Rosa da Silva Departamento de Fitotecnia. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
  • Astor Henrique Nied Departamento de Fitotecnia. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
  • Alencar Junior Zanon Departamento de Fitotecnia. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Avenida Roraima, n° 1000, CEP: 97105-900, Santa Maria, RS, Brazil.
Palavras-chave: Glycine max, hipóxia, modelo de cômputo, precipitação efetiva.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi obter uma metodologia de cálculo do balanço hídrico sequencial que estime com acurácia a ocorrência de excesso hídrico na soja em terras baixas. Foram testadas quatro estratégias de cálculo do balanço hídrico associadas à simulação do desenvolvimento da soja, as quais se diferenciaram em função da forma de cômputo da chuva e do tempo de drenagem da água dos macroporos do solo. Como referência foram utilizados os dados de umidade volumétrica monitorada em três camadas de solo ao longo do ciclo da soja no ano agrícola 2014/15. A microporosidade foi utilizada como limite inferior da ocorrência de excesso hídrico na área. Assim, o excesso hídrico foi considerado sempre que a umidade volumétrica diária do solo na camada 0-100 mm foi maior que 0,39 mm³ mm-3. Ao longo dos 111 dias de medição, a umidade do solo indicou a presença de excesso hídrico em 38 dias. A estratégia de cálculo tradicional do balanço hídrico subestimou a ocorrência de excesso hídrico, assim como as demais estratégias que consideraram a precipitação efetiva na sua metodologia. A estratégia de cálculo que considera que toda a chuva infiltra no solo e que a água dos macroporos é removida somente pela evapotranspiração da cultura apresentou bom desempenho e indicou 35 dias de excesso hídrico, sendo a mais adequada e recomendada para a determinação do excesso hídrico na soja em terras baixas.


Publicado
11/05/2021
Seção
Artigos