Análise comparativa entre os métodos de cloração e radiação ultravioleta na desinfecção de água contaminada com bactérias
Resumo
A preocupação com a qualidade da água para consumo humano tem sido alvo de grandes organizações e pesquisadores, visto que o processo de desinfecção, etapa de grande importância nas estações de tratamento de água, não tem alcançado o seu devido propósito. Isso se deve aos frequentes relatos na ineficiência da dose de inativação de bactérias pelo uso do cloro, que é o mais utilizado no Brasil, além da formação de subprodutos como trihalometanos e ácidos haloacéticos que são considerados tóxicos a saúde humana. O método de desinfecção por radiação ultravioleta (UV) tem sido amplamente explorado, devido à sua eficiência em inativar uma grande variedade de patógenos, além da ausência da formação de subprodutos. O processo combinado cloro+UV como agentes desinfetantes químicos e físicos, respectivamente, torna-os complementares e essenciais quando se busca a segurança da água para consumo humano. O objetivo desta pesquisa foi analisar estatisticamente o desempenho dos agentes desinfetantes, cloro e radiação UV, separadamente e em conjunto, por meio da inativação das bactérias, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, após 48 horas incubadas, após terem recebido os tratamentos. Concluiu-se que o cloro e a UV obtiveram a mesma significância de 100% de inativação das bactérias e que, dentro do tempo determinado de 48 horas após os tratamentos, as bactérias não mostraram reativação. Desta forma, o estudo realizado permitiu a consolidação da boa perspectiva de aplicação da radiação UV como complemento aos sistemas baseados no uso do cloro, com especial enfoque para sistemas e abastecimento de água residenciais.
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