Polímeros superabsorventes na gelificação do chorume
Resumo
Disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários, devido às emissões de gases do efeito estufa e liberação de lixiviado de coloração escura, provoca impactos negativos no ambiente. Esse lixiviado, denominado por chorume, apresenta composição com altas concentrações de sólidos suspensos, metais pesados, sais e compostos orgânicos. Diante da necessidade de ser tratado, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o uso de polímero superabsorvente para essa finalidade. Amostras do chorume foram coletadas no aterro sanitário de Taubaté, em duas estações do ano, para determinar condutividade elétrica, pH, turbidez, óleos e graxas. Outras amostras foram submetidas aos seguintes tratamentos: 3,5 g de polímero com 500 g de água destilada, e doses de 3,5; 7,0; 10,5; 14,0; 17,5; 21,0; 24,5; e 28,0 g de polímero com 500 g de chorume, com 4 repetições cada. Outras etapas, em sequência, foram: transformação do material em gel (gelificação), obtenção do volume líquido da água e do chorume, e após 0, 12, 24, 48 e 72 h, obtidas medidas de desidratação do polímero. A eficiência das doses foi determinada pelo volume do chorume restante de cada tratamento. A gelificação se mostrou mais eficiente na estação de verão, estação com menores valores de condutividade elétrica, pH, sólidos suspensos, e óleos e graxas. Doses mais eficientes na gelificação foram 10,5 g no verão e 14,0 g no outono. Como conclusões, polímero superabsorvente pode ser utilizado no tratamento do chorume por possibilitar sua gelificação, e as doses recomendadas variam conforme as estações climáticas.
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