Biometria do girassol e atributos químicos de salinidade do solo irrigado com águas de diferentes qualidades
Resumo
As águas de má qualidade, como os esgotos, têm se tornado uma alternativa para reduzir o consumo de águas de boa qualidade pela irrigação, principalmente em regiões áridas e semiáridas, porém, águas ricas em sais podem causar efeitos deletérios aos sistemas agrícolas. Objetivou-se com essa pesquisa avaliar os impactos da salinidade de águas de diferentes qualidades no desenvolvimento da cultura do girassol e no solo. A pesquisa foi desenvolvida na área da Equipe de Estudos Ambientais (EEA/UEFS), e o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, constando de quatro tratamentos: água de chuva (0,20 dS m-1), água de poço (1,50 dS m-1), efluente de uma fossa séptica (3,50 dS m-1) e água salobra (5,00 dS m-1), sendo a irrigação feita manualmente e a lâmina calculada com base na evapotranspiração diária. A irrigação com o efluente da fossa promoveu um melhor desenvolvimento da cultura do girassol, e o aumento da salinidade das águas de irrigação nos demais tratamentos, promoveu um decrescimento das fitomassas frescas e secas totais, na altura de planta, diâmetro do caule, número de folhas, área foliar e nos diâmetros interno e externo dos capítulos, no consumo e na eficiência do uso de água. O uso da água de chuva, de poço e do efluente da fossa se mostraram adequadas para irrigação da cultura do girassol, porém, a última solidificou o solo, o que já seria recomendável à aplicação de tratamentos para recuperação dos solos.
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