Nanossatélites aplicados à observação da Terra ótica: uma revisão

  • Gustavo Willy Nagel Coordenação-Geral de Observação da Terra. Divisão de Sensoriamento Remoto. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Avenida dos Astronautas, n° 1758, CEP: 12227-010, São José dos Campos, SP, Brazil.
  • Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo Coordenação-Geral de Observação da Terra. Divisão de Sensoriamento Remoto. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Avenida dos Astronautas, n° 1758, CEP: 12227-010, São José dos Campos, SP, Brazil.
  • Milton Kampel Coordenação-Geral de Observação da Terra. Divisão de Sensoriamento Remoto. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Avenida dos Astronautas, n° 1758, CEP: 12227-010, São José dos Campos, SP, Brazil.
Palavras-chave: cubeSat, planetScope, sensoriamento remoto.

Resumo

Os nanossatélites e os CubeSats foram desenvolvidos pela primeira vez para fins educacionais. No entanto, seu baixo custo e curto ciclo de desenvolvimento fizeram com que constelações de nanossatélites se tornassem uma opção acessível para aumentar a frequência de imagens de alta resolução visando o sensoriamento remoto de observação da Terra, requisito fundamental para o estudo e monitoramento de processos dinâmicos. Nesse sentido, embora ainda incipientes, as aplicações de nanossatélites e as missões propostas estão crescendo constantemente em número com aplicações em diferentes campos científicos. Existem várias iniciativas de universidades, agências espaciais e empresas privadas para lançar novas missões de nanossatélites. Essas iniciativas vêm investigando novas tecnologias para melhorar a qualidade das imagens e vêm estudando maneiras de aumentar a frequência de aquisição através do lançamento de grandes constelações de nanossatélites. Até agora, o setor privado está liderando o desenvolvimento de novas missões, cujas propostas envolvem a criação de constelações cujo número varia de 12 a mais de mil nanossatélites. Além disso, novas missões de nanossatélites vem sendo propostas para lidar com aplicações específicas, como desastres naturais, ou para testar melhorias na resolução espacial, temporal e radiométrica de nanossatélites. A combinação, sem precedentes, de alta resolução espacial e temporal oferecida pelas constelações de nanossatélites, associada a esforços de melhoria na qualidade do sensor é promissora e pode representar uma tendência das agências espaciais, universidades e empresas privadas de substituição de grandes satélites por nanossatélites menores e mais baratos. Este artigo relata primeiramente o desenvolvimento e novas missões de nanossatélites. Em seguida, uma sistemática revisão de artigos publicados usando a constelação de maior sucesso (PlanetScope e Doves) é apresentada e os principais trabalhos discutidos.


Publicado
03/06/2020
Seção
Artigos