Efeitos da intrusão de águas pluviais em um sistema de tratamento de esgotos por lodo ativado

  • Diogo Botelho Correa de Oliveira Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
  • Willames de Albuquerque Soares Escola Politécnica de Pernambuco. Departamento de Física de Materiais. Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
  • Marco Aurélio Calixto Ribeiro de Holanda Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Escola Politécnica de Pernambuco (POLI-UPE). Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
Palavras-chave: lodos ativados, sistema separador absoluto, tratamento de efluentes

Resumo

 

A coleta de afluentes e o manejo de águas pluviais são canalizadas em sistemas distintos, não devendo haver comunicação entre si, pois quando isto acontece é comum identificar alterações nos indicadores de qualidade dos efluentes nas estações de tratamento de esgotos. Deste modo, objetiva-se quantificar as alterações causadas pela chuva no tratamento de esgoto sanitário, os quais utilizam o sistema de lodo ativado. Para uma ETE, localizada no município de Paulista, PE, com capacidade de 400 L s-1, utilizando sistemas de lodos ativados, foram analisadas as alterações, na entrada e na saída do sistema para os: pH, temperatura, DBO e eficiência de tratamento, além da vazão de entrada, entre dias considerados secos e chuvosos. Foi constatado que o volume de entrada é incrementado em média de 25% da vazão de projeto de dimensionamento da estação. Com isto, alguns controles operacionais relevantes foram identificados, como a paralização temporária de estações elevatórias de esgoto, visando manter o pleno funcionamento do sistema, evitando sua sobrecarga. O pH sofre leve aumento na alcalinidade, cerca de 0,3, mas sem interferir no processo de tratamento. Já a temperatura do afluente em dias chuvosos sofre redução de 3 a 5K, dependendo do evento. Utilizando os testes T e Z, foi possível identificar que não houve alterações significativas (uneq. var. t: 1.18 > 0.26 e uneq var. z: 0.71 > 0.48, respectivamente) nas concentrações de DBO, tanto no efluente quanto no afluente, e a eficiência de remoção de carga orgânica foi mantida, ao contrário do que se espera em outros tipos de tratamento mais simples.

 

Biografia do Autor

Diogo Botelho Correa de Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
  
Willames de Albuquerque Soares, Escola Politécnica de Pernambuco. Departamento de Física de Materiais. Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
  
Marco Aurélio Calixto Ribeiro de Holanda, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Escola Politécnica de Pernambuco (POLI-UPE). Universidade de Pernambuco (UPE), Rua Benfica, n° 455, CEP: 50720-001, Recife, PE, Brazil.
  
Publicado
15/05/2020
Seção
Artigos