Análise morfométrica de uma bacia hidrográfica regional em Taubaté, SP, Brasil

  • Vicente Rodolfo Santos Cezar Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Universidade de Taubaté (UNITAU), Rua Visconde do Rio Branco, n° 210, CEP: 12020-240, Taubaté, SP, Brazil.
  • Marcelo dos Santos Targa Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Universidade de Taubaté (UNITAU), Rua Visconde do Rio Branco, n° 210, CEP: 12020-240, Taubaté, SP, Brazil.
  • Celso de Souza Catelani Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHi), Est. Mun. Dr. José Luiz Cembranelli, n° 5000, CEP: 12081-010, Taubaté, SP, Brazil.
Palavras-chave: ciências ambientais, corredores ecológicos, drenagem

Resumo

O Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRHI) do Estado de São Paulo em 1991 adotou a bacia hidrográfica como unidade territorial para estudos, planejamento integrado e desenvolvimento sustentável. A análise morfométrica de pequenas bacias hidrográficas, que envolve a caracterização de parâmetros geométricos, do relevo, da rede de drenagem, aliadas ao uso e ocupação do solo, podem se constituir em importante modelo de analise ambiental para bacias maiores Neste sentido, o presente estudo objetivou caracterizar a morfometria da bacia hidrográfica do ribeirão Areal, no município de Taubaté, São Paulo. Na caracterização morfométrica foi encontrada 1,89 km² de área da bacia, 7,44 km de perímetro e 3,112 km de comprimento do eixo, que possibilitaram o cálculo do coeficiente de compacidade (Kc = 1,51), fator de forma, (F= 0,19) e índice de circularidade encontrado, (IC = 0,43) indicando que em condições normais de precipitação, essa bacia é pouco suscetível a enchentes, pois devido ao afastamento da unidade, concentram menor deflúvio. Os resultados obtidos para o Coeficiente de manutenção (Cm) indicam que são necessários 260 m² para manter cada metro de canal perene e o elevado valor da densidade de drenagem (Dd = 3.35 km/km-²) e do índice de sinuosidade (Is = 0.953) indica que os canais de drenagem são retilíneos e sugere que há um elevado escoamento superficial associado a uma alta dissecação. A análise do uso e ocupação do solo revelou que a cobertura vegetal dominante na bacia do Areal é de pasto com 0,756 km2 (40%), floresta com 0,580 km2 (31%); floresta degradada com 0,321 km2 (17%). Em termos de conservação, a bacia do Areal apresenta-se conservada, pois além de situar na área de preservação ambiental da Bacia do Rio Una, está situada no encontro de dois corredores ecológicos e é ocupada por apenas 8 famílias de produtores rurais. Por outro lado, a criação de aproximadamente 120 cabeças de gado bovino na parte mais elevada da bacia e a existência de uma erosão do tipo voçoroca da ordem de 0,018 km2 (1%) da área da bacia tem ocasionado o aumento do escoamento superficial e concentração de sedimentos nas áreas planas marginais ao ribeirão do Areal. Com base na análise morfométrica pôde-se concluir que: a bacia hidrográfica do Areal apresenta alta capacidade de formar novos cursos d’água e suas características de relevo, com canais de baixa sinuosidade e elevados valores de amplitude altimétrica, gradiente de canais, e densidade de drenagem aliadas a existência de processos erosivos favorecem ao escoamento e transporte de sedimento, são necessárias a adoção de ações de conservação para o controle de erosões.


Biografia do Autor

Vicente Rodolfo Santos Cezar, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Universidade de Taubaté (UNITAU), Rua Visconde do Rio Branco, n° 210, CEP: 12020-240, Taubaté, SP, Brazil.
 
Marcelo dos Santos Targa, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Universidade de Taubaté (UNITAU), Rua Visconde do Rio Branco, n° 210, CEP: 12020-240, Taubaté, SP, Brazil.
 
Celso de Souza Catelani, Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHi), Est. Mun. Dr. José Luiz Cembranelli, n° 5000, CEP: 12081-010, Taubaté, SP, Brazil.
 
Publicado
26/12/2019
Seção
Especial