Variabilidade na estrutura das comunidades fitoplanctônicas e influência no funcionamento de lagoa de estabilização

  • Emmanuel Bezerra D'Alessandro Departamento de Química. Instituto de Química. Laboratório de Métodos de Extração e Separação. Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Alameda Palmeiras, Chácaras Califórnia, S/N, CEP: 74045-155, Goiânia, GO, Brazil.
  • Ina de Souza Nogueira Departamento de Botânica. Instituto de Ciências Biológicas. Laboratório de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Universidade Federal de Goiás (UFG), Avenida Esperança, S/N, CEP: 74690-900, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brazil.
  • Nora Katia Saavedra del Aguila Hoffmann Departamento de Hidráulica e Saneamento. Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária. Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (EECA-UFG), Avenida Universitária, n° 1488, CEP: 74605-220, Quadra 86, Setor Universitário, Goiânia, GO, Brazil
Palavras-chave: águas residuárias, cianobactéria, diversidade

Resumo

A densidade do fitoplâncton em lagoas de estabilização influencia no desempenho do tratamento. A hipótese foi que a estrutura da comunidade fitoplanctônica varia de acordo com as mudanças locais e temporais e, consequentemente, influencia o tratamento do efluente. Foram analisados a estrutura da comunidade fitoplanctônica em lagoas facultativas e de maturação no Brasil central para fornecer orientações sobre a operação e manutenção do sistema. Foram medidas a densidade, abundância, diversidade, riqueza, dominância e diversidade beta das espécies. A eficiência do tratamento foi avaliada com base na Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Adicionalmente, foi realizada uma Análise de Correspondência Canônica (CCA) para investigar como variáveis físicas e químicas influenciaram a composição das espécies mais abundantes nas estações seca e chuvosa, e as microalgas mais relacionadas à remoção de DBO. Foram registrados 168 táxons e as classes mais abundantes em ambas as lagoas foram Chlorophyceae e Cyanophyceae (40% potencialmente tóxicas). A lagoa de maturação possui maior adaptabilidade na estação chuvosa, enquanto a lagoa facultativa foi mais flexível na estação seca. O melhor período de crescimento variou entre as espécies. Em ambas as lagoas, a Chlorella minutissima foi a que mais contribuiu para a otimização do tratamento. Assim, identificar espécies de fitoplâncton e relacioná-las com parâmetros de qualidade da água e a sazonalidade pode ajudar a entender a dinâmica ecológica do tratamento de águas residuais e fornecer informações úteis para a operação e manutenção de lagoas de estabilização.


Biografia do Autor

Emmanuel Bezerra D'Alessandro, Departamento de Química. Instituto de Química. Laboratório de Métodos de Extração e Separação. Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Alameda Palmeiras, Chácaras Califórnia, S/N, CEP: 74045-155, Goiânia, GO, Brazil.
   
Ina de Souza Nogueira, Departamento de Botânica. Instituto de Ciências Biológicas. Laboratório de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Universidade Federal de Goiás (UFG), Avenida Esperança, S/N, CEP: 74690-900, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brazil.
  
Nora Katia Saavedra del Aguila Hoffmann, Departamento de Hidráulica e Saneamento. Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária. Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (EECA-UFG), Avenida Universitária, n° 1488, CEP: 74605-220, Quadra 86, Setor Universitário, Goiânia, GO, Brazil
 
Publicado
08/04/2020
Seção
Artigos