Análise dos efeitos a longo prazo da extração de água subterrânea sobre o balanço hídrico em parte do Sistema Aquífero Urucuia na Bahia – Brasil

  • Leanize Teixeira Oliveira Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial. Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Avenida Ulysses Guimarães, n° 2862, CEP: 41213-000, Salvador, BA, Brazil Departamento de Geologia. Instituto Federal da Bahia (IFBA), Rua Emídio Santos, s/n, CEP: 40301-015, Salvador, BA, Brazil
  • Harald Klammler Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rua Barão de Geremoabo, s/n, CEP: 40210-340, Salvador, BA, Brazil.
  • Luiz Rogério Bastos Leal Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rua Barão de Geremoabo, s/n, CEP: 40210-340, Salvador, BA, Brazil.
  • Eduardo Moussale Grissolia Departamento de Recursos Minerais. Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Avenida Ulysses Guimarães, n° 2862, CEP: 41213-000, Salvador, BA, Brazil.
Palavras-chave: fluxo de base, regime estacionário, simulação numérica de fluxo.

Resumo

Em regiões agrícolas onde há insuficiência de chuva para o cultivo, entender a dinâmica das águas, superficiais e subterrâneas, é fundamental para avaliar o impacto do crescente bombeio de poços sobre o balanço hídrico. O Oeste do estado da Bahia-Brasil, maior área de agronegócio do estado, experimenta uma progressiva ocupação a partir da década de 80, ocasionando pressão sobre os recursos hídricos, principalmente após a introdução da irrigação, e já apresentando conflitos entre usuários das águas. Objetivou-se neste trabalho, analisar os efeitos da extração de águas subterrâneas por poços em uma porção do Sistema aquífero Urucuia. A metodologia utilizada foi a simulação de fluxo hídrico subterrâneo em regime estacionário para três cenários: i) sem bombeio; ii) com bombeio atual e; iii) com 60% a mais de extração por poços. Após definição das vazões de produção dos poços atuais (4,6 m3 s-1) e da modelagem da geometria da base do aquífero (espessura máxima de 535 m), os modelos estacionários sem bombeio e com bombeio mostram que, a longo prazo, o armazenamento de água subterrânea diminui em 2 km3 (rebaixamento médio no aquífero de 0.8 m) sem interferências na direção de fluxo regional. O balanço de massa mostra que o fluxo de base dos rios principais é reduzido em aproximadamente 6% após a extração de água subterrânea atual e mais 2,5% após acréscimo de extração. Resultados apontam para um impacto maior sobre rios, causado por uma redução no armazenamento e fluxo de base. Os estudos indicam a importância de manter e expandir a rede de monitoramento dos níveis d´água.

 

Biografia do Autor

Leanize Teixeira Oliveira, Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial. Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Avenida Ulysses Guimarães, n° 2862, CEP: 41213-000, Salvador, BA, Brazil Departamento de Geologia. Instituto Federal da Bahia (IFBA), Rua Emídio Santos, s/n, CEP: 40301-015, Salvador, BA, Brazil
 
Harald Klammler, Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rua Barão de Geremoabo, s/n, CEP: 40210-340, Salvador, BA, Brazil.
 
Luiz Rogério Bastos Leal, Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rua Barão de Geremoabo, s/n, CEP: 40210-340, Salvador, BA, Brazil.
 
Eduardo Moussale Grissolia, Departamento de Recursos Minerais. Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Avenida Ulysses Guimarães, n° 2862, CEP: 41213-000, Salvador, BA, Brazil.
 
Publicado
04/11/2019
Seção
Artigos