Metais pesados na Bacia Hidrográfica do córrego São Mateus, Bacia do rio do Peixe, Bacia do rio Paraíba do Sul, Brasil

  • Cézar Henrique Barra Rocha Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil Faculdade de Engenharia. Núcleo de Análise Geo Ambiental (NAGEA).
  • Hiago Fernandes Costa Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil Faculdade de Engenharia. Núcleo de Análise Geo Ambiental (NAGEA).
  • Leonardo Pimenta Azevedo Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG), Viçosa, MG, Brasil Agência de Florestas e Biodiversidade.
Palavras-chave: aterro sanitário, impactos ambientais, índice de contaminação, monitoramento ambiental, qualidade da água.

Resumo

Empreendimentos com porte e potencial poluidor precisam ser licenciados adequadamente, fiscalizados e monitorados durante e após suas operações de forma a evitar e/ou mitigar impactos nas suas áreas de influência. A Bacia Hidrográfica do córrego São Mateus (BHCSM), situada em zona rural de Juiz de Fora (MG), é impactada por várias atividades, destacando um aterro sanitário desativado e um parque industrial. O objetivo desse artigo foi monitorar as águas dos principais tributários da Bacia Hidrográfica do córrego São Mateus em relação à concentração de metais pesados. Escolheram-se pontos estratégicos em cada sub-bacia, antes da foz e encontro dos córregos Bocaina, Salvaterra e São Mateus, mensurados mensalmente entre janeiro e dezembro de 2014 através da Sonda Metalyser, aplicando-se o Índice de Contaminação (IC). Os resultados do IC permitiram verificar que os empreendimentos localizados nesta Bacia, em especial, o Park Sul e o Aterro Sanitário Salvaterra nos córregos Bocaina e Salvaterra, respectivamente, estão impactando negativamente a qualidade dessas águas. Metais como Hg, Cu, Pb e Zn são os que mais violaram a Resolução CONAMA 357/2005, direcionando desta forma a gestão, de modo a controlar as fontes destes metais que são acumulativos nos organismos e geram prejuízos a toda cadeia trófica. A população que habita essa região rural não é atendida por nenhuma concessionária de água, fazendo uso de nascentes e poços abaixo do nível desses córregos.


Publicado
21/05/2019
Seção
Artigos