Priorização de fármacos nos rios urbanos: o caso dos contraceptivos orais na bacia do rio Belém, Curitiba/PR, Brasil

  • Demian da Silveira Barcellos Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU)
  • Harry Alberto Bollmann Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU)
  • Júlio César Rodrigues de Azevedo Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, PR, Brasil Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA)
Palavras-chave: gestão de produtos farmacêuticos, hormônios sexuais femininos, priorização de fármacos.

Resumo

Esforços para priorizar produtos farmacêuticos em rios urbanos ainda são escassos no Brasil, mas as experiências europeia e norte-americana de gestão de produtos farmacêuticos em águas urbanas mostram que este foi um dos primeiros passos para reduzir e controlar este tipo de poluição. O objetivo principal desta pesquisa foi avaliar o caso de anticoncepcionais orais na área de abrangência do rio Belém, em Curitiba, sob a ótica das diferentes dimensões que têm sido consideradas no processo de priorização. Para isso, além da revisão da literatura, foram utilizados dados históricos sobre a concentração de hormônios contraceptivos nas águas do rio Belém, dados sobre o consumo de fármacos na área da bacia hidrográfica (coletados por meio de entrevistas realizadas por amostragem aleatória em farmácias e pelo banco de dados de medicamentos fornecido pela Prefeitura de Curitiba por meio das Unidades de Saúde) e os dados das entrevistas feitas por amostragem intencional com stakeholders locais. Os resultados mostram que, em relação ao etinilestradiol e ao estradiol, já existe um conjunto consistente de critérios que apoiam sua priorização, enquanto que a regulamentação do monitoramento periódico desses dois hormônios se mostrou viável e necessária nas águas da região.


Publicado
26/04/2019
Seção
Artigos