Serviços ambientais em microbacias com baixa declividade: planícies fluvio-marinhas

  • Mateus Marques Bueno Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), São João Evangelista, MG, Brasil Departamento de Agronomia.
  • Ricardo Valcarcel Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, RJ, Brasil Instituto de Florestas (IF). Departamento de Ciencias Ambientais (DCA).
  • Felipe Araújo Mateus Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, RJ, Brasil Instituto de Florestas (IF). Departamento de Ciencias Ambientais (DCA).
  • Marcos Gervasio Pereira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, RJ, Brasil Instituto de Agronomia (IA). Departamento de Solos.
Palavras-chave: áreas hidrogenéticas, índice topográfico de umidade, manejo hídrico.

Resumo

Planícies fluvio-marinhas abrigam ambientes com reduzida declividade, porém com ofertas diferenciadas de atributos ambientais que podem constituir relevantes serviços ecossistêmicos nas suas bacias hidrográficas, que podem ser transformadas em oportunidades para o desenvolvimento de pagamento de serviços ambientais. O estudo espacializou parte dos serviços ecossistêmicos relacionados a disponibilidade hídrica nas microbacias da Bacia Hidrográfica do Sistema Guandu, principal manancial de abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro, com base em fatores geo-ambientais e efeitos de transposição de água entre bacias hidrográficas, a fim de facilitar a tomada de decisão das políticas públicas em relação aos serviços ambientais. Os trechos com maior potencial para a produção de serviços ambientais a partir de vazões subterrâneas, índice de umidade topográfica - ITU (ITU >11), formação plana e baixa altimetria (<40 m), estão próximo aos antigos talvegues assoreados, que podem ser potencializados pelos efeitos da transposição, notadamente na unidade de conservação APA Guandu. Áreas planas com (7 < UIT < 11) têm seus serviços ecossistêmicos transferidos dos fluxos de água sub-superficiais para os fluxos de águas superficiais e dependem mais dos fenômenos meteorológicos e das formas de manejo de chuvas intensas durante seu uso, especialmente quando a altimetria e inclinação aumentam.


Publicado
26/04/2019
Seção
Artigos