Concentrações elevadas de metais tóxicos na água consumida pela comunidade indígena Maxakali no Brasil
Palavras-chave:
água superficial e subterrânea, índios Maxakali, metais tóxicos, qualidade da água.
Resumo
O povo Maxakali é a segunda maior população indígena aldeada no Estado de Minas Gerais, Brasil, tendo nas doenças infecciosas e parasitárias, sua principal causa de morte. Problemas com a qualidade da água consumida por essa população, somados à ausência dos serviços públicos de saneamento, agravam o risco de adoecimento por diversas patologias de veiculação hídrica. Assim, um estudo descritivo de desenho transversal, com amostras de água coletadas em locais de captação para consumo, foi realizado nas aldeias em três períodos sazonais, com objetivo de avaliar a água consumida, através da quantificação de metais tóxicos em relação aos valores máximos permitidos na legislação brasileira. As aldeias com maior número de medidas alteradas de metais na água foram, a Aldeia Pradinho (100%), seguida de Água Boa (92%). Os menores números de alterações foram encontrados nas Aldeias Verde e Rafael (27%). Os metais que apareceram em maior número de amostras com valores acima do recomendado foram o Ferro (50%), seguido do Arsênio (46%), Alumínio (36%), Cádmio (22%) e o Mercúrio (20%). Dessa forma, este estudo identificou altas concentrações de metais tóxicos na água consumida pelas comunidades indígenas de Maxakali no Brasil.
Publicado
25/01/2019
Edição
Seção
Artigos
Autores mantêm os direitos autorais pelo seu artigo. Entretanto, repassam direitos de primeira publicação à revista Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science. Em contrapartida, a revista pode transferir os direitos autorais, incluindo direito de enviar o trabalho para outras bases de dados ou meios de publicação. A revista exerce a licença CC BY 4.0