Avaliação de modelos digitais de elevação para obtenção de características morfométricas em região de transição de relevos

  • Kevin Nunes Ficher Universidade Federal de Viçosa (UFV), Florestal, MG, Brasil Instituto de Ciências Agrárias (IAF).
  • Donizete dos Reis Pereira Universidade Federal de Viçosa (UFV), Florestal, MG, Brasil Instituto de Ciências Agrárias (IAF).
  • Josiane Silva Oliveira Universidade Federal de Viçosa (UFV), Florestal, MG, Brasil Instituto de Ciências Agrárias (IAF).
  • André Quintão de Almeida Universidade Federal do Sergipe (UFS), São Cristovão, SE, Brasil Departamento de Engenharia Agrícola (DEAGRI).
  • Eduardo Morgan Uliana Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais (ICAA).
Palavras-chave: cartas topográficas, srtm, topo to raster.

Resumo

Objetivou-se com este estudo, avaliar o desempenho de MDEs na caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica situada em região de transição entre os relevos Planalto São Franciscana, Depressão São Franciscana e Serra do Espinhaço. Para o estudo, foram gerados quatro MDEs por interpolação dos dados do SRTM e de cartas topográficas, utilizando o interpolador Topo To Raster com e sem suporte da hidrografia mapeada, disponível no software ArcGIS® 9.3. Outro MDE foi obtido a partir dos dados originais do SRTM. A partir dos MDEs gerados, determinaram-se as características morfométricas da bacia e comparou-as àquelas obtidas de cartas topográficas, denominadas de referência (REF), por meio da determinação de erros percentuais. A avaliação também foi realizada de maneira qualitativa comparando as drenagens e as delimitações da bacia. De um modo geral, os MDEs obtidos com o suporte da hidrografia mapeada (SRTM-TRH e CT-TRH) proporcionaram os melhores resultados, com pequenos erros, principalmente, para as principais características morfométricas da bacia, área de drenagem e comprimento do rio principal, os quais variaram de 0,38 a 1,12% e 5,28 a 7,07%, respectivamente. Por outro lado, os MDEs gerados sem o suporte da hidrografia mapeada (SRTM-O, SRTM-TR e CT-TR) apresentaram grandes erros, principalmente, na determinação da área de drenagem e comprimento do rio principal, os quais variaram de 18,1 a 26,6% e 26,7 a 34,4%, respectivamente. Esses ocorreram em razão de um desvio do rio principal na região da Depressão São Fransciscana, o que nos permite concluir sobre a necessidade e importância de se avaliar MDEs antes de sua utilização.


Publicado
21/01/2019
Seção
Artigos