Peroxidase de abobrinha verde (Cucurbita pepo L.) imobilizada em polímeros naturais remove compostos fenólicos de amostras de água

  • Thâmara Machado e Silva Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis, GO, Brasil Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET). Laboratório de Biotecnologia.
  • Aline Rodrigues dos Santos Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis, GO, Brasil Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET). Laboratório de Biotecnologia.
  • Samantha Salomão Caramori Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis, GO, Brasil Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET). Laboratório de Biotecnologia.
Palavras-chave: biopolímeros, efluentes, tratamento de água.

Resumo

Os compostos fenólicos ocorrem em efluentes de uma grande variedade de processos industriais e apresentam toxicidade e geram problemas ambientais. O tratamento desses resíduos via imobilização de enzimas indica que a peroxidase (EC 1.11.1.7) é a enzima mais utilizada. Nos mesmos processos, polímeros biodegradáveis têm gerado grande interesse para a comunidade científica e industrial. Neste trabalho os biopolímeros de bagaço de cana-de-açúcar (BC) e o polissacarídeo de caju arbóreo do Cerrado (PEJU-GO) foram utilizados como suportes para imobilização de peroxidase de extrato bruto de abobrinha verde via adsorção física e ligação covalente. Além disso, usamos esses sistemas para a remoção de fenóis de efluentes industriais. A microscopia eletrônica mostrou que BC possui uma superfície fibrosa e que PEJU-GO apresentou-se como material microporoso, características que facilitam processos de imobilização. Os espectros de infravermelho de ambos materiais elucidaram bandas características de açúcares. Para a estabilidade operacional após 30 dias de armazenamento a peroxidase imobilizada reteve 69 e 50% de atividade para BC e PEJU-GO, respectivamente. Os sistemas foram capazes de remover até 79% de compostos fenólicos de efluentes industriais. Assim sendo, os biopolímeros de bagaço de cana-de-açúcar e do polissacarídeo de caju arbóreo do Cerrado são fontes promissoras para a biotecnologia, especialmente para a imobilização de peroxidase. Isto irá proporcionar a imobilização enzimática na prática laboratorial, com comportamento estável em diferentes condições de pH, a custo baixo, sendo um material biodegradável, não-tóxico e extraído de forma sustentável.


Publicado
06/11/2018
Seção
Artigos