Modelagem hidrológica em bacia experimental do semiárido Pernambucano

  • Adriana Guedes Magalhães Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE, Brasil Departamento de Engenharia Agrícola (DEAGRI).
  • Abelardo Antônio de Assunção Montenegro Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE, Brasil Departamento de Engenharia Agrícola (DEAGRI).
  • Carolyne Wanessa Lins de Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE, Brasil Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).
  • Suzana Maria Gico Lima Montenegro Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil Departamento de Engenharia Civil (DECIVIL).
  • Robertson Valério de Paiva Fontes Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE, Brasil Departamento de Engenharia Agrícola (DEAGRI).
Palavras-chave: Caatinga, modelos hidrológicos, múltiplos conjuntos de dados, modelo SWAT.

Resumo

A simulação de processos hidrológicos apresenta-se como importante ferramenta de gestão e planejamento dos recursos hídricos, possibilitando avaliação dos impactos da precipitação sobre a geração de escoamento superficial e umedecimento do solo. O objetivo do presente trabalho foi aplicar o modelo hidrológico SWAT para análise de processos hidrológicos na Bacia Experimental do Riacho Jatobá, no semiárido de Pernambuco, considerando a calibração e a validação do modelo a partir de dados de vazão e de umidade do solo. Além disso, o estudo buscou investigar a efetividade hidrológica em um cenário de recomposição de Caatinga arbórea em áreas de maior elevação topográfica na bacia experimental, e o comportamento dos componentes hidrológicos em um cenário de expansão agrícola. Para a calibração e validação da vazão e umidade do solo utilizaram-se eventos ocorridos entre 2009 e 2010. A calibração e a validação com a vazão apresentaram coeficientes de eficiência NSE de 0,58 e 0,42, respectivamente, e para a umidade do solo de 0,53 e 0,46, respectivamente. Os ajustes dos parâmetros foram adequados para representar os períodos de recessão do escoamento. Verificou-se que o processo alternativo de calibração e validação por meio da umidade do solo possibilitou a redução nas incertezas. Cenários de recomposição da cobertura vegetal de 21% na área de Caatinga arbórea nos topos de morro produziram significativo aumento de 42% na percolação e diminuição de 34% na umidade do solo (devido ao consumo de água pelas plantas), contribuindo assim para a recuperação das nascentes e aumentando a resiliência frente a cenários de escassez hídrica. Por outro lado, o cenário de expansão agrícola de 38%, provocou aumento de 11% no escoamento superficial e, consequentemente, um aumento de 10% na umidade do solo.


Publicado
31/10/2018
Seção
Artigos