Pegada hídrica da usina hidrelétrica de Sobradinho, Nordeste do Brasil

  • Nayara Paula Andrade Vieira Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil Departamento de Engenharia (DEF)
  • Eduardo de Oliveira Bueno Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil Departamento de Engenharia (DEF)
  • Silvio Bueno Pereira Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, Brasil Departamento de Engenharia Agrícola
  • Carlos Rogério de Mello Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil Departamento de Engenharia (DEF)
Palavras-chave: consumo de água, evaporação, hidrelétrica

Resumo

A hidroeletricidade é responsável por grande parte da produção brasileira de energia elétrica. Assim, a pegada hídrica de usinas hidrelétricas apresenta-se como um importante indicador para análise e discussão de questões relacionadas ao uso sustentável e eficiente dos recursos hídricos. Nesse contexto, foi caracterizada a pegada hídrica da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, no período de 2003 a 2012, considerando a variação histórica da área alagada pelo reservatório. Para isto, foram utilizadas séries mensais de geração, área inundada, evaporação e evapotranspiração. A evaporação bruta e líquida, médias do período de análise, foi de 2.031 e 1.577 mm ano-1, respectivamente. A energia média gerada no período foi de 462 MW médio, enquanto a área de inundação do reservatório apresentou um valor médio de 3.054 km2. Com base nos dados mensais estimou-se a pegada hídrica bruta e líquida em 417 e 325 m³ GJ-1, respectivamente. A partir dos resultados pode-se concluir que a variação da área do reservatório exerce influência direta e significativa na estimativa da pegada hídrica da Usina Hidrelétrica de Sobradinho. Os valores obtidos de pegada hídrica diferem de outras estimativas que adotaram o valor constante de 4.214 km2, correspondente a área do reservatório no nível d’água normal de operação da usina.


Publicado
29/05/2018
Seção
Artigos