Desagregação de chuvas diárias para o estado do Tocantins, Brasil

  • Virgilio Lourenço da Silva Neto Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), Dianópolis, TO, Brasil
  • Marcelo Ribeiro Viola Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil. Departamento de Engenharia de Água e Solo
  • Demetrius David da Silva Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, Brasil. Departamento de Engenharia Agrícola
  • Carlos Rogério de Mello Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil. Departamento de Engenharia de Água e Solo
  • Silvio Bueno Pereira Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG, Brasil. Departamento de Engenharia Agrícola
  • Marcos Giongo Universidade Federal do Tocantins (UFT), Gurupi, Tocantins, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais
Palavras-chave: chuvas intensas de curta duração, hidrologia, precipitação

Resumo

Para o dimensionamento da estrutura hidráulicas do Brasil, é necessário a obtenção de dados de chuvas intensas de curta duração a partir de séries históricas de chuva diária. Esta situação recorrente pode ser atendida pela metodologia de desagregação de chuvas. Objetivou-se neste trabalho determinar constantes de desagregação de chuvas intensas para o Estado do Tocantins e proceder a comparação destas constantes com aquelas obtidas para outras regiões do Brasil. Para a modelagem da frequência das chuvas intensas de diferentes durações, foi empregada a distribuição de probabilidades Gumbel, tendo sido utilizadas séries pluviográficas de 10 localidades do estado do Tocantins. Os resultados mostraram que a distribuição de probabilidades Gumbel foi considerada adequada pelos testes Kolmogorov-Smirnov e Qui-quadrado. Observou-se que as constantes de desagregação apresentaram valores praticamente invariáveis para tempos de retorno entre 10 e 100 anos, tendo sido obtidas as seguintes constantes médias para o estado do Tocantins: h12h/h24h=0,93, h6h/h24h=0,86, h4h/h24h=0,82, h3h/h24h=0,78, h2h/h24h=0,72, h1h/h24h=0,61, h50min/h1h=0,92, h40min/h1h=0,83, h30min/h1h=0,68, h20min/h30min=0,76 e h10min/h30min=0,46. A comparação dos resultados com os de estudos desenvolvidos para outras regiões brasileiras mostrou variações de até -62,30%, permitindo se concluir que a utilização de constantes locais é importante no procedimento de desagregação de chuvas.


Publicado
28/06/2017
Seção
Artigos