Variação espacial e sazonal do zooplâncton nos reservatórios do Sistema Cantareira, Brasil

  • Bruno Paes De-Carli Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Sorocaba, SP, Brasil. Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Júlio César Lopez Doval Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Ecologia
  • Eduardo Henrique Costa Rodrigues Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Sorocaba, SP, Brasil. Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Marcelo Luiz Martins Pompêo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), São Paulo, SP, Brasil. Departamento de Ecologia
Palavras-chave: bioindicador, comunidade zooplanctônica, limnolog

Resumo

Neste estudo investigou-se a variação espacial e sazonal da comunidade zooplanctônica e sua relação com as características físicas, químicas e biológicas da água em cinco reservatórios (Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro) do sistema Cantareira. Amostragens foram realizadas em maio/junho e novembro/dezembro de 2013 em 19 pontos. Para verificar a similaridade dos atributos zooplanctônicos, efetuou-se uma análise de similaridade bifatorial e um ordenamento multidimensional não-métrico. A relação entre os descritores biológicos e ambientais foi examinada usando-se correlação de Pearson. Um total de 35 táxons foi identificado. Os rotíferos predominaram em termos de riqueza e os juvenis de Copepoda seguidos por Bosmina freyi foram os mais abundantes. Em geral, os locais apresentaram condições mesotróficas com exceção do reservatório Jaguari considerado eutrófico. Com base nas análises, foi evidenciado uma variação espaço-sazonal e correspondência entre descritores ambientais e a densidade. A morfometria do reservatório, o tempo de residência, as interações ecológicas e as mudanças de qualidade da água podem ser fatores que explicam a variabilidade observada.


Publicado
28/06/2017
Seção
Artigos