Atividade da malato desidrogenase muscular de Astyanax bimaculatus da bacia hidrográfica do rio Una como biomarcadora de impacto ambiental

  • Marilia Elias de Almeida Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Instituto Básico de Biociências
  • Maria Tereza Oliveira Batista Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Instituto Básico de Biociências
  • Mariana Feijó de Oliveira Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil. Programa de Pós-graduação em Biologia Molecular e Celular
  • Gannabathula Sree Vani Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Instituto Básico de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Edson Rodrigues Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Instituto Básico de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Cecilia Nahomi Kawagoe Suda Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Instituto Básico de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Palavras-chave: enzimas, lambari do rabo amarelo, poluição da água.

Resumo

A atividade da enzima malato desidrogenase (MDH) e de suas isoformas podem variar em peixes, em função do ambiente em que vivem. O objetivo deste trabalho foi investigar a atividade de MDH no tecido muscular de Astyanax bimaculatus (lambari do rabo amarelo) proveniente de três pontos de coleta (P1, P2 e P3) na bacia hidrográfica do rio Una (Taubaté, SP) e avaliar o seu potencial como marcador bioquímico de alteração ambiental. As formas citosólica e mitocondrial da MDH foram extraídas dos músculos. Os resultados indicaram que a atividade total da enzima foi 1,8 e 2,5 vezes maior em A. bimaculatus do sítio P2, em relação aos espécimes coletados em P1 e P3, respectivamente. Foram detectadas 7 isoformas de MDH no tecido muscular (MDH-1 a MDH-7). Os níveis de MDH-1 de espécimes coletados em P3 foram 1,9 e 2,4 vezes maiores do que daqueles de P1 e P2, respectivamente. Entretanto, os níveis de MDH-5, -6 e -7, foram significativamente menores nos espécimes coletados em P3, em comparação com os de P1. Esses resultados têm, possivelmente, relação com a qualidade da água, considerando que P3 é o mais poluído dos três sítios de coleta. A atividade de MDH muscular de A. bimaculatus foi moduladada pelo ambiente. Portanto, pode se concluir que essa enzima possui potencial como marcador bioquímico de alteração ambiental em bacias da região neotropical, nas quais essa espécie ocorre.


Publicado
10/12/2016
Seção
Especial