Simulações de clima futuro no domínio da mata atlântica: transecto Ubatuba, SP e Extrema, MG, Brasil

  • Valeriam Dias Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
  • Gilberto Fisch Instituto de Aeronáutica e Espaço - São José dos Campos, SP, Brasil, Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (IAE/DCTA)
  • Simey Thury Vieira Fisch Universidade de Taubaté - Taubaté, SP, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Palavras-chave: gradiente altitudinal, mudança climática, precipitação, temperatura

Resumo

Este trabalho possibilitou verificar as diferenças climáticas que ocorrem na área de estudo que vai desde o litoral paulista (Ubatuba/SP) até o sul de Minas Gerais (Extrema/MG), analisando-se ainda os municípios de Taubaté/SP e Campos do Jordão/SP situados ao longo deste transecto. Esta região apresenta topografia complexa, o que colabora para a existência de diferentes tipos de clima e de vegetação. Utilizando-se de dados dos elementos climáticos precipitação e temperatura do ar, analisou-se estatisticamente esta região intensamente transformada pela ocupação humana e pelo desenvolvimento da agropecuária nos últimos séculos. Com base no uso do modelo regional ETA (downscaling) de mesoescala na resolução espacial de 20 x 20 km acoplado ao Modelo Geral de Circulação Atmosfera-Oceano HadCM3; foi possível fazer a projeção do clima para os intervalos de tempo 2011-2040; 2041-2070; 2071-2099; para o cenário climático A1B do IPCC e compará-los com os dados obtidos do passado (1961-1990). Com base nas análises de dados, verificou- se a ocorrência do aumento do valor médio da temperatura do ar para todos os intervalos de tempo, podendo este a ser superior a 3°C até o final desse século. Também deverá haver um aumento no total anual de precipitação nestes três intervalos de tempo, ainda que pequeno, podendo este reduzir-se para o intervalo final (2071-2099). Embora o aumento da temperatura e da precipitação sejam maiores para o mês de janeiro para quase todos os municípios estudados, haverá uma maior variabilidade para o mês de julho, indicando que eventos extremos terão mais chances de ocorrer no período de inverno para quase toda a região.

Publicado
10/12/2016
Seção
Especial