Erosividade da chuva em Rondon do Pará, PA, Brasil de 1999 a 2015 e projetada para 2035

  • Amanda Gama Rosa Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil. Instituto de Geociências
  • Adriano Marlisom Leão de Sousa Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA, Brasil. Instituto Sócio Ambiental (ISARH)
  • Jamer Andrade da Costa Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA, Brasil. Instituto Ciberespacial (ICIBE)
  • Everaldo Barreiros de Souza Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil. Instituto de Geociências
Palavras-chave: erosão, planejamento conservacionista, regime de precipitação.

Resumo

Visando contribuir com informações acerca das perdas de solo em Rondon do Pará, este trabalho determinou o valor de erosividade da chuva para a área urbana deste município, sua probabilidade de ocorrência e de seu período de retorno projetados para os próximos 20 anos. Foram realizadas análises da distribuição anual do índice de erosividade e verificadas as correlações entre o índice de erosividade médio mensal com o coeficiente de chuva. Para isto, obtiveram-se dois tipos de dados de precipitação: 1) observados, dos satélites CMORPH, de 1999 a 2015; e 2) por modelagem, RegCM4, de 2016 a 2035. Com base nestes dados, a erosividade foi calculada com os dados mensais e anuais de precipitação. Distribuições de frequência dos valores de erosividade e seus períodos de retorno foram calculados e plotados em curvas de probabilidades de ocorrência. Foram feitas análises de regressão entre a precipitação e a erosividade. No período de 1999 a 2015, o valor do fator R para Rondon do Pará foi 16.390 MJ mm ha-1h-1ano-1, com probabilidade de 47% de ser igualado ou superado pelo menos uma vez a cada 2,1 anos. No período de 2016 a 2015, o valor de R foi 13.038 MJ mm ha-1h-1ano-1. Entre fevereiro a abril e janeiro a abril, são prováveis as maiores perdas de solo para 1999-2015 e 2016-2035, respectivamente. O modelo matemático de regressão que apresentou melhor resultado foi o de potência para os anos de 1999 a 2015 e o de polinômio para os anos de 2016 a 2035.


Biografia do Autor

Amanda Gama Rosa, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil. Instituto de Geociências
raduada em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis, pela Universidade Federal Rural da Amazônia, e mestranda em Ciências Ambientais, pela Universidade Federal do Pará. Atua no Laboratório de Modelagem Hidroclimática na Amazônia - LabHCAM, na Universidade Federal Rural da Amazônia. Atua também como Consultora Ambiental na Empresa MP Consultoria Ambiental. Experiência nas áreas de Geociências, Climatologia e Licenciamento Ambiental.
Adriano Marlisom Leão de Sousa, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA, Brasil. Instituto Sócio Ambiental (ISARH)
Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2003), Mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2005) e Doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - IPH (2010). É Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA e Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFPA, e membro (autor colaborador) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Micrometeorologia, Sensoriamento Remoto e Recursos Hidricos. Atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Amazônicos, Meteorologia nos Tropicos, agrometeorologia, Hidrologia, Sensoriamento Remoto e Wavelets séries temporais. 
Jamer Andrade da Costa, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Belém, PA, Brasil. Instituto Ciberespacial (ICIBE)
Professor da Universidade Federal da Amazônia (UFRA), com graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará - UFPA, Especialização em Sensoriamento Remoto pela Universidade Federal do Pará - UFPA e Mestrado em Engenharia Hídricos pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (PPGEC/ITEC/UFPA)- Conceito 4 CAPES. Possui larga experiência nas áreas de Geotecnologias e Geociências, com ênfase em Sistema de Informação Geográfica, Cartografia, Processamento Digital de Imagens e Sensoriamento Remoto. Já lecionou como professor dos cursos de pós-graduação da Faculdade Ideal (FACI) e do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM). 
Everaldo Barreiros de Souza, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil. Instituto de Geociências
Doutor em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP/IAG, em 2003), Mestre em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CPTEC, em 1997) e Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA, em 1993). Atualmente ocupa a posição de Pesquisador Associado no Instituto Tecnológico Vale (ITV) em Belém, trabalhando no Grupo de Pesquisa Meteorologia e Mudança do Clima. É o Coordenador do Mestrado Profissional do ITV em "Uso sustentável de recursos naturais em regiões tropicais", onde também é Docente Permanente. Exerce também o cargo de Professor Associado da Universidade Federal do Pará (UFPA) lotado no Instituto de Geociências (IG), Faculdade de Meteorologia (FAMET) e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), onde orienta discentes de Mestrado e Doutorado. Desde 2007 é Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ-2) do CNPQ. Nos últimos 05 anos foi Coordenador de 06 Projetos de Pesquisa financiados pela FINEP/CNPQ/SUDAM/FAPESPA. Como orientador principal já concluiu a orientação de 01 Tese de Doutorado, 09 Dissertações de Mestrado e mais de 30 TCC/Bolsas PIBIC. Publicou mais de 60 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais. Tem experiência na área de Geociências e Ciências Ambientais, com ênfase em Climatologia, Modelagem Climática Regional, Variabilidade e Mudanças Climáticas, Meteorologia Tropical, Ciências Ambientais e Pesquisas Interdisciplinares no contexto da Amazônia.
Publicado
25/10/2016
Seção
Artigos