Alterações comportamentais em fêmeas de camundongos Swiss expostas à efluente de curtume

  • Sabrina Ferreira de Almeida Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Letícia Martins Rabelo Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Joyce Moreira de Souza Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Raíssa de Oliveira Ferreira Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Abraão Tiago Batista Guimarães Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Caio César Oliveira Pereira Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Aline Sueli de Lima Rodrigues Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
  • Guilherme Malafaia Departamento de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí
Palavras-chave: ansiedade, depressão, modelo animal, resíduos agroindustriais, toxicidade, xenobióticos.

Resumo

Uma das atividades antrópicas geradoras de resíduos potencialmente tóxicos refere-se àquelas ligadas ao processamento do couro bovino (indústrias curtumeiras). Embora se saiba que essas indústrias ao descartarem incorretamente seus resíduos líquidos no ambiente contribuem para o aparecimento de prejuízos na saúde de diferentes organismos, raros são os estudos que investigaram os efeitos desses resíduos em modelos experimentais mamíferos. Logo, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos físicos e neurocomportamentais da exposição de fêmeas de camundongos Swiss a efluente de curtume. Para isso, os animais receberam pela via oral, por um período de 15 dias, concentrações de 5% e 10% de efluente de curtume, diluído em água. O grupo controle recebeu apenas água potável. A massa corpórea dos animais foi avaliada no início e ao final do experimento. Já o consumo de água e ração foi aferido diariamente. Após 15 dias de exposição, os animais foram submetidos ao teste do labirinto em cruz elevado (preditivo de ansiedade) e ao teste do nado forçado (preditivo de depressão). Os resultados demonstram que os tratamentos não provocaram alterações na massa corpórea dos animais, tampouco no comportamento alimentar e no consumo de água. Por outro lado, observou-se nos animais dos grupos 5% e 10% de efluente de curtume efeito ansiolítico dos tratamentos, assim como efeito antidepressivo, quando comparados aos animais do grupo controle. Logo, conclui-se que em fêmeas de camundongos Swiss a exposição a concentrações de 5% e 10% de efluente de curtume diluído em água, embora não tenha causado alterações físicas nos animais, pode causar alterações neurocomportamentais, possivelmente relacionadas à neurotoxicidade desses resíduos.


Biografia do Autor

Sabrina Ferreira de Almeida, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Formação em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano Campus Urutaí e no curso Técnico em Informática pelo Instituto Federal Goiano Campus Urutaí.
Letícia Martins Rabelo, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. Bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/IF Goiano - Urutaí). Tem interesse nas seguintes áreas de atuação: Histologia, Toxicologia, Comportamento Animal e Fisiologia.
Joyce Moreira de Souza, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental, em Licenciatura em Ciências Biológicas (2016) e Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Conservação dos Recursos Naturais do Cerrado pelo Instituto Federal Goiano-Câmpus Urutaí. Desenvolve pesquisa no Laboratório de Pesquisas Biológicas do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. Tem interesse nas seguintes áreas de pesquisas: Comportamento Animal, Manejo e Conservação da Biodiversidade, Saúde Pública Associada a Modelos Experimentais, Mutagênese e Toxicidade Ambiental
Raíssa de Oliveira Ferreira, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí, atualmente bolsista no Laboratório de Pesquisas Biológicas (onde se desenvolve diferentes projetos de pesquisa com financiamento do CNPq/SETEC/FAPEG).
Abraão Tiago Batista Guimarães, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui graduação em DIREITO pelo Centro de Ensino Superior de Catalão (CESUC) e em LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS pelo Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. Atualmente é aluno de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado (IF Goiano - Câmpus Urutaí) e pesquisador do laboratório de Pesquisas Biológicas, atuando na área de Toxicologia, Fisiologia e Neurocomportamento em modelos experimentais. Tendo interesse nas seguintes áreas de pesquisa: Ciências Ambientais, Biodiversidade Animal, Comportamento Animal, Fisiologia reprodutiva e Neurocomportamental, Ciências da Saúde e Educação.
Caio César Oliveira Pereira, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Atualmente é voluntário de iniciação científica (PIVIC) do Instituto Federal Goiano - campus Urutaí, GO - Brasil. Bacharelando em Agronomia, experiência em Fitopatologia e Genética Molecular.
Aline Sueli de Lima Rodrigues, Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP (2005), Mestrado (2008) e Doutorado em Ciências Naturais (2012) pelo Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Conservação de Recursos Naturais, Departamento de Geologia (UFOP), e Pós-Doutorado (em andamento) pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é professora efetiva e pesquisadora do Laboratório em Pesquisas Biológicas do Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí. Além disso, é professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado do IF Goiano - Câmpus Urutaí e bolsista produtividade em pesquisa do IF Goiano - Câmpus Urutaí. Desenvolve pesquisa nas seguintes áreas: avaliação de impacto ambiental de resíduos agroindustriais nos recursos naturais do Cerrado, avaliação do impacto de resíduos e agrotóxicos em modelos experimentais mamíferos, reuso de água e aproveitamento de resíduos sólidos.
Guilherme Malafaia, Departamento de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí
Publicado
23/06/2016
Seção
Artigos