Influência do número de classes de vulnerabilidade na determinação da suscetibilidade morfométrica à inundação

  • Vívian Gemiliano Pinto Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IFSudesteMG
  • Ricardo Neves de Souza Lima Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Centro de Documentação e Disseminação de Informações, Coordenação de Projetos Especiais – COPES.
  • Ricardo Costa Pinto e Santos Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IFSudesteMG
  • Celso Bandeira de Melo Ribeiro Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
Palavras-chave: microbacias, morfometria, ribeirão do Espírito Santo, técnicas de agrupamento.

Resumo

A morfometria da bacia hidrográfica é um importante instrumento de diagnóstico da suscetibilidade à inundação. Este diagnóstico pode nortear o planejamento e a implementação de medidas mitigadoras para se evitar prejuízos causados por alagamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar a suscetibilidade à inundação da bacia hidrográfica do Ribeirão do Espírito Santo (BHRES), localizada no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, por meio de sua caracterização morfométrica utilizando-se duas, três e cinco classes de vulnerabilidade. Para isso a bacia foi subdividida considerando dois níveis de detalhamento: no primeiro, menos detalhado, foram geradas três sub-bacias e no segundo, mais detalhado, foram geradas 65 microbacias. Nestas unidades de estudo foi avaliada a suscetibilidade morfométrica à inundação e os resultados foram comparados utilizando-se as técnicas de agrupamento “K-means e Fuzzy C-means”. Os resultados demonstraram que o número de classes de vulnerabilidade adotada influencia o resultado da classificação das áreas, sugerindo que a utilização de critérios de validação de cluster pode ser usada para balizar tal escolha. Agrupamentos formados apenas por semelhanças morfométricas se distinguem daqueles obtidos pela metodologia utilizada para classificação de áreas suscetíveis à inundação, visto que a metodologia para análise de suscetibilidade transforma os valores numéricos de cada parâmetro morfométrico em uma classe de suscetibilidade, ponderando-o conforme sua implicação na inundação.


Biografia do Autor

Vívian Gemiliano Pinto, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IFSudesteMG
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1997), mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006) e doutorado em Ecologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora. É professora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Juiz de Fora.
Ricardo Neves de Souza Lima, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Centro de Documentação e Disseminação de Informações, Coordenação de Projetos Especiais – COPES.
Possui graduação em geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2008), Especialização em Análise Ambiental pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2010) e mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2013).
Ricardo Costa Pinto e Santos, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IFSudesteMG
Bacharel em Informática pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1998), com Especialização em Desenvolvimento e Administração de Software pela Faculdade Machado Sobrinho (2002) e Mestrado em Ciências - Computação de Alto Desempenho / Sistemas Computacionais (Mineração de Dados) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006).
Celso Bandeira de Melo Ribeiro, Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF
Possui graduação em Engenharia Civil Universidade Federal de Juiz de Fora (1996), mestrado em Recursos Hídricos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro PEC/COPPE/UFRJ (2001) e doutorado em Recursos Hídricos pelo Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa DEA/UFV (2007). Concluiu em 2014 estágio pós-doutoral pela Texas A&M University, EUA, trabalhando no Grupo de Pesquisa Vadose Zone Research Group (VZRG), desenvolvendo pesquisa com modelagem hidrológica em grande escala.
Publicado
23/06/2016
Seção
Artigos